O autor, Fr. José Maldonado y Villamor, naceu em Quito, onde entrou para a Ordem dos Frades Menores. Em 1618 viajou para a Espanha como representante da sua província e participou do Capítulo da Ordem em Salamanca. Pelo seu trabalho, foi nomeado confessor Mosteiro de Clarissas de Valdemoro, função que exerceu por 17 anos. Depois, tornou-se Comissário Geral da Terra Santa por sete anos e, em seguida, confessor e diretor espiritual da Condessa Duquesa de Olivares. Em 1637 escreve a pequena relação das várias tentativas de chegar de Quito a Belém do Pará descendo o Amazonas. Felipe IV o designou Comissário Geral das Índias, cargo confirmado pelo Ministro Geral da Ordem em 16 de janeiro de 1641. Em 1648, após a morte do padre Juan de Nápoles, assumiu o posto de Comissário Geral de toda a Ordem Franciscana. Em 1650, certificou o envio a Quito de uma réplica da Virgem do Pilar de Zaragoza para o culto no convento de San Pablo. Faleceu em Madrid, em 1652. Além de Relación del primer descubrimiento del rio de las Amazonas, publicou:
- 1649: El más escondido retiro del alma (Zaragoza), sobre a vida espiritual.
- 1649: La Autoridad del Comisario General de Indias (Madrid).
- 1648: colaborou na obra Armentario Seráfico, em defesa do privilégio da Imaculada Conceição.
Linha do Tempo das Expedições descritas em Relación del primer descubrimiento (1632–1639)
1ª expedição – fracassada (1632)
- Agosto de 1632: Partida de Quito.
- Motivo do fracasso: fuga do índio Pata (tradutor).
- Viajantes: Fr. Francisco Anguita, Fr. Juan de Casasrubias, Fr. Domingo de Briena (irmão leigo), Fr. Pedro de Moya (irmão leigo), Fr. Pedro Pecador (irmão leigo).
2ª expedição – fracassada (1634)
- Início de 1634: Nova partida.
- Viajantes: Fr. Lourenço Fernández (comissário), Fr. Antonio Caizedo (pregador), Fr. Domingo de Briena, Fr. Pedro Pecador, Diego Lorenzo, Diego de Medellín e filho, Alonso Sánchez (depois franciscano), índio Lorenzo.
3ª expedição – bem-sucedida (1635–1637)
- 29/12/1635: Partida de Quito.
- 05/02/1637: Chegada à Fortaleza de Curupá (pouso português).
- Depois: Grão-Pará e São Luís do Maranhão.
- Viajantes: Fr. Juan de Calderón (comissário), Fr. Lauriano de la Cruz, Fr. Domingo de Briena, Fr. Pedro de la Cruz, Fr. Francisco de Piña; depois Fr. Pedro Pecador e Fr. Andrés de Toledo.
- Fr. Andrés enviado à Espanha com relatórios oficiais.
Mas aora viendo el camino abierto, con toda presteza, y diligencia se apresto para la jornada embiando al Hermano Fray Andres de Toledo à los Reynos de España con los papeles, y relaciones autenticas, de que dos Religiosos de San Francisco, y fieis soldados avian descubierto el gran Rio de las Amazonas y que el se quedaba aprestando para entrar por el. El dicho Religioso Fray Andres de Toledo llegó a Lisboa, presento sus papeles en el Consejo, hizo sus diligencias, habló a la señora Infanta; y mientras venia el informe del Governador, se vino a la Ciudad de Salamanca, donde al presente está.
4ª expedição – bem-sucedida (1637)
- 27/10/1637: Partida de Belém/Curupá rumo a Quito.
- Expedição com 40–47 canoas, 70 soldados, 1200 índios.
- Líderes: Pedro Teixeira (capitão), Fr. Agostinho das Chagas (português), Fr. Domingo de Briena.
5ª expedição – bem-sucedida (1639)
- 1639: Regresso dos soldados de Quito a Belém.
- Viajantes: Fr. Domingo de Briena (com carta patente), Fr. Agostinho das Chagas, 2 jesuítas, 2 mercedários, 2 franciscanos.
- Conflito sobre capelania da armada.
- Tomada de posse do Rio Amazonas em nome do Rei Filipe IV.
Saliendo de los Encabellados, caminando el rio abaxo sin sucederles cosa particular, llegaron hasta el Rio Yurua, à la banda del Sur, donde el exercito tuvo algunas consusas, y falsas noticis, que los Olandeses aviam ganado la Ciudad de San Luis del Marañon, y la del Gran Pará, y que por allí andaban algunas Canos de Olandeses. Por esto se determinó el General pedro Teixeira de tomar possessiõ de aquel gran Rio, em nombre del Rey de las Españas, y Emperador de las Indias Filipe Quarto (que Dios guarde.)

