Irmão leigo. Natural de Viana (do Castelo?) saiu de Portugal na frota da índia. Quando aportou na cidade da Bahia, um tio seu, com quem vinha, queria aumentá-lo no posto de alferes. Ele recusou a oferta dizendo que não tinha pretensões de receber um dia o hábito de Cristo, o que queria era meter-se capucho de São Francisco. Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio, de Igaraçu, PE, em 1653. Viveu depois longos anos no Convento de São Francisco, de Vitória. Era varão de suma pobreza, cega obediência e perfeita castidade. Quando era mais moço, trabalhava nas cozinhas, enfermaria e outros ofícios. Era mandado às esmolas e os seculares todos o tinham por um grande servo de Deus, consultando-o nos negócios mais complicados. Servia de secretário ou escrevente aos seus prelados. Nunca estava ocioso. Na idade decrépita de mais de cem anos ainda andava limpando com a enxada o terreiro do convento. Era muito estimado pelos religiosos das outras Ordens (carmelitas e jesuítas). E foi com lágrimas e soluços que os próprios irmãos de hábito se despediram dele, quando se aproximava a hora da morte. Tendo recebido devotamente os Sacramentos, faleceu no Convento de São Francisco, de Vitória, ao primeiro toque de Prima no dia da Expectação de Nosso Senhor (19 de dezembro) de 1722. Ao seu enterro concorreu o povo de ambas as vilas (Vitória e Vila Velha).
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Frade leigo. Viveu muitos anos em São Francisco da Vitória. Faleceu no Convento de Vitória, no dia 18 de dezembro de 1722.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 267.