Irmão leigo. Era natural da Vila de Monte Alegre do Rio, arcebispado de Braga. Foi soldado nas guerras em tempo que Portugal estava sujeito a Castela. Veio para a Bahia na armada de D. Fernando Mascarenhas, Conde da Torre (1639). Da Bahia passou-se para o Rio de Janeiro, onde deixou a milícia do rei da terra para seguir a mais nobre milícia, qual seja, a do Rei dos céus. Alistou-se debaixo das bandeiras de São Francisco, tomando o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, a 4 de agosto de 1640. Depois, foi longos anos morador no Convento de Santo Antônio de Santos. Ocupava-se na coleta das esmolas e, estando no convento, servia ora na portaria, ora na cozinha, refeitório e horta. Era constante na oração e na penitência. Já muito velho continuava a correr a Via-Sacra todos os dias, de joelhos. Certa vez uns seculares lhe disseram, gracejando: «Os joelhos se hão de queixar na outra vida». A que respondeu: «Muito embora, pois de alguma forma se há de pagar o que se come, ou trabalhando, ou orando. E, como já o corpo não me a trabalhar, que mal lhe vai em estar de joelhos, pois está quieto». Vinham os seculares consultá-lo para fazerem suas viagens e tratarem de seus negócios, e confessavam serem bem-sucedidos quando dirigiam suas ações pelos ditames de Fr. Gregório. Em vida e morte foi tido por perfeito religioso e grande servo de Deus. Com mais de 90 anos de idade e 64 de religioso, faleceu no Convento de Santo Antônio de Santos, em 1704.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 201.