Pregador. Natural da Serra da Estrela no reino de Portugal. Eleito Custódio dos conventos no Brasil na congregação intermédia celebrada no convento de Santo Antônio de Lisboa, em 1602, chegou no mesmo ano ao Brasil. Era austero e rigoroso para si, mas discretamente afável e benigno para os súditos e próximos. Visitando pessoalmente a Custódia, nem os longos caminhos e molesto das jornadas por terra, nem o enfadonho das passagens dilatadas e perigosas do mar o impediram em ocasião alguma, por mais mortificado que se achasse, seguir as comunidades do coro e refeitório, em chegando aos conventos. O mesmo observava nos exercícios interiores de penitência e oração. Concluído o seu triénio, se deixou ficar na Custódia. Nela o fizeram guardião da casa de Vitória. Foi o quarto com este título naquele convento. Aos 18 de fevereiro de 1609, por ordem do Custódio Fr. Leonardo de Jesus, com o parecer da comunidade e beneplácito dos moradores, trasladou solenemente os ossos do venerável Fr. Pedro Palácios do monte da Penha para o convento de São Francisco de Vitória, onde foram recolhidos num túmulo de pedra lavrada na capela do Seráfico Doutor São Boaventura. Desde o princípio de 1612 até fins de 1613 tornou a governar a Custódia, com o caráter de comissário com vezes de Custódio. Veio a falecer no Convento de Nossa Senhora das Neves de Olinda, em dezembro de 1613.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 007.
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Na referência bibliográfica Livro de Óbitos da Província de Sto. Antônio - 1584-1957, de Fr. Menandro Rutten, tem a seguinte descrição:
Frade sacerdote. Religioso mui austero e rigoroso para consigo, mas mui afável e benigno para os outros. Chegando das visitas mui cansado, nunca faltou no coro. Faleceu no Convento de Olinda, no dia 1º de dezembro de 1613.