Carregando...
Franciscano/a

  • Identificador:
    57207
    Nome:
    Fr. Onésimo Sandhage, OFM
    Sexo:
    Data de nascimento:
    29/12/1866
    Data de ingresso:
    20/11/1898
    Data de falecimento:
    29/03/1918
    Lugar de nascimento: Alemanha, DE
    Lugar de falecimento: Petrópolis, RJ
    Estado eclesiástico:
    Notas Biográficas:

    Pouco depois da edificante morte de Frei Leão Hebestreit, o convento de Petrópolis, RJ, tornou-se novamente palco de tristeza por outro repentino falecimento, desta vez do irmão religioso leigo Frei Onésio Sandhage. Nascido em Freckenhorst, na Westfália, Alemanha, aos 29 de dezembro de 1866, pediu na idade de 32 anos o hábito de irmão franciscano. Recebeu-o no dia 20 de novembro de 1898. No ano seguinte veio para o Brasil. Seu primeiro ofício foi o de trabalhar na serraria, movida a vapor, existente então no convento-colégio de Blumenau, SC. Passado algum tempo foi, lá mesmo, nomeado porteiro, cargo que desempenhou por alguns anos, com consciência, fidelidade e dedicação. No convento de Petrópolis, exerceu os ofícios de padeiro e copeiro. No refeitório, em plena Sexta-Feira-Santa, à hora do jantar e em meio aos confrades, foi vitimado por um derrame fatal. Apenas recebida a união dos enfermos e a bênção papal, expirou, em meio às orações da abalada comunidade. Frei Benvindo Destéfani em Vida Franciscana de 1943, relembra o coirmão: "Frei Onésio, de compleição forte e resistente, apesar de sua avançada idade (sec.? com 51 anos?) jamais conhecera, dizia-se, um dia de enfermidade grave Era sumamente taciturno, sempre dedicado às suas funções de padeiro e de refeitoreiro, concentrando-se em Deus e nos seus deveres de irmão leigo. Quem porventura o interpelasse, obtinha dele uma explicação rápida, breve, sucinta; e nada de conversas prolongadas. Extremamente parcimonioso no altar, dir-se-ia que se entretinha mais demoradamente só com o Deus silencioso dos altares ou então com seu Amor Crucificado. Por isso, era visto muitíssimas. vezes como que absorto ante a Eucaristia ou ante o Crucificado, desabafando seu coração. A ninguém, todavia, manifestava o que lhe ia na alma, naquelas horas solitárias de mergulho espiritual, de meditação e oração. 87 _ Tendo vivido somente para Deus, sem alardes, sem aparatos, não seria estranho viesse Nosso Senhor buscá-lo justamente numa sexta-feira maior. Frei Onésio acabara de servir a sopa aos confrades. Voltou a seu lugar, sentou-se, estremeceu levemente, teve uma síncope, reclinou a cabeça no ombro do vizinho e recolheu os braços. Sem dar um gemido, sem proferir uma palavra, sem cochichar expressão alguma, morreu na Sexta-Feira Santa de 1918. Frei Onésio partia silencioso, sem balbucios, para a eternidade. Morreu como viveu: "Qualis vita, mors ita!".

    Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 87.

como citar este conteúdo
JEILER, Inácio. Fr. Onésimo Sandhage, OFM. Rede Internacional de Estudos Franciscanos no Brasil. Disponível em: http://riefbr.net.br/pt-br/content/fr-onesimo-sandhage-ofm. Acessado em: 07/02/2025.