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Frei Libório Grewe nasceu em Geseke, diocese de Paderborn, Alemanha, a 21 de fevereiro de 1877, filho de pais profundamente religiosos e que deram à Ordem Franciscana três de seus filhos: Frei Graciano e Frei Januário, na Província da Saxônia, e o mais novo deles o nosso Frei Libório. Em Harreveld, Holanda, recebeu a 13 de maio de 1894 o burel de nosso Pai São Francisco, e logo se associou a um numeroso grupo de noviços, frades estudantes seminaristas que acorriam para a vinha do Senhor em Terras de Santa Cruz. Como vivia constantemente adoentado, voltou passados poucos anos para a Alemanha, para tratamento e término dos estudos, sendo ordenado presbítero em 14 de agosto de 1901. Já no ano seguinte retornou ao Brasil com a saúde refeita. Sua primeira ocupação foi o pastoreio das almas nos campos lageanos, no Estado de Santa Catarina, mas logo em seguida foi nomeado, em Lages mesmo, pároco e guardião. Trabalhou também em São Francisco do Sul, SC e Guaratinguetá, SP. Dirigiu durante 6 anos no recém inaugurado seminário de Garnstock, na Bélgica, que a Província da Imaculada abrira para o fomento de vocações europeias, sobretudo alemãs, interessados em trabalhar no sul do Brasil. Em 1929 retornou pela terceira vez ao Brasil, e então esteve em Amparo, SP, e Petrópolis, RJ, no cargo de vigário conventual. No início do ano de 1932, foi eleito guardião do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, mas pouco depois adoeceu gravemente de nefrite. Durante as festas do Padroeiro sentiu-se extraordinariamente bem, mas já em julho teve que ser internado na Casa de Saúde São José, dirigida pelas Irmãs de Santa Catarina. As dores dos rins afetados o faziam sofrer muito. Por infelicidade ainda apanhou uma gripe que degenerou em pneumonia. Só podia permanecer em posição reclinada. Muito também o martirizava a tosse contínua. No leito de dores fez ainda na presença de Frei Estanisiau Schaette a renovação dos votos: "Ego frater Liborius, voveo et promitto...", e o Senhor te manda dizer: "se isto observares, terás a vida eterna", "graças a Deus" replicou ele, "eu vou contente para a eternidade". Pelas 6:45 horas adormeceu calmamente para a vida do além, acompanhado pelas orações dos confrades e das irmãs religiosas presentes. Era a manhã do dia 31 de julho de 1932. Ciente do desenlace, o sr. Núncio Apostólico enviou comovente telegrama de pêsames. Armado o catafalco em câmara ardente no salão nobre do Convento de Santo Antônio, membros da ordem Franciscana Secular e muito povo vieram orar por sua alma. Após as exéquias solenes, foi levado para o cemitério de São João Batista. O sr. Cardeal Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra (1930-1942), fez-se representar. Acompanharam o enterro o Vigário Geral, Monsenhores, bem como numerosos sacerdotes do clero diocesano e religioso, era na verdade, Frei Libório Grewe, um frade muito conceituado. Repousa agora no mausoléu do Convento de Santo Antônio.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 129.