Ex-Leitor, Ex-Ministro Provincial, Brasiliense. No século se chamava Joaquim Moraes de Ávila Coutinho, natural e batizado na freguesia de São Salvador da vila de Campos. Filho legítimo de Francisco Xavier de Moraes, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Vitória, capitania do Espírito Santo, e de sua mulher Ana Joaquina, natural e batizada na sobredita freguesia de Campos, todos do bispado do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 15 de julho de 1804, sendo guardião Fr. Fernando Antônio de Santa Rita. Fez profissão para frade do coro no mesmo convento e mãos do sobredito guardião, aos 16 de julho de 1805, sendo de idade de 18 anos, pouco mais ou menos, e tomando por nome Fr. Joaquim de São Daniel. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 foi admitido ao estudo no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, tendo por Lente de Artes Fr. Antônio do Bom Despacho. Com patente do Ministro Provincial Fr. Antônio de Santa Úrsula Rodovalho (1808-1811) foi ordenado sacerdote a 16 de junho de 1810 pelo Exmo. Sr. Dom José Caetano da Silva Coutinho (1806-1833), 8° bispo do Rio de Janeiro. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 foi instituído pregador e confessor de seculares. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 foi nomeado passante para o estudo no convento de São Francisco em São Paulo. Foi eleito Lente de Teologia de Noa para o convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro na congregação intermédia de 20 de abril de 1816. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 elegeram-no guardião do convento de Nossa Senhora da Penha. No capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821 saiu eleito guardião do convento de São Boaventura da vila de Macacu, sendo confirmado no mesmo emprego e convento na congregação intermédia de 26 de abril de 1823. No capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825 foi eleito Definidor da Mesa. Aos 6 de dezembro de 1827 foi aceito pelo Revdo. Definitório um Breve de Ex-Provincial ex gratia, concedido pelo Senhor Núncio Apostólico de Portugal, e declarado especialmente por Sua Majestade Imperial. No capítulo celebrado a 9 de agosto de 1828 saiu eleito Ministro Provincial. Em junta definitorial de 22 de fevereiro de 1833 foi declarado Definidor sub-rogado, por lhe pertencer de iure a dita sub-rogação. No capítulo celebrado a 7 de abril de 1838 elegeram-no Custódio da Mesa. No capítulo celebrado a 24 de abril de 1841 foi reeleito Custódio, pela autoridade que a Mesa tinha por um Breve da Santa Sé, para poder reeleger. Aos 9 de abril de 1847 renunciou o custodiato. No capítulo celebrado aos 30 de outubro de 1847 saiu eleito no mesmo emprego a pedido do Visitador Geral e Presidente do capítulo Fr. João de São José Calmon, Religioso da Província de Santo Antônio da Bahia. Aos 15 de junho de 1850 renunciou o custodiato e foi exercer o emprego de Capelão da Quinta da Boa Vista. Havendo-se recolhido ao convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, em consequência de se agravarem cada vez mais seus padecimentos e moléstias crônicas; faleceu de uma febre perniciosa no dia 15 de julho de 1852. Recebeu tão somente o sacramento da Unção, por não poder receber os demais sacramentos. Jaz sepultado na Quadra dos Religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1294.
