Ex-Leitor, brasiliense. No século se chamava Joaquim José Pereira de Lima, natural e batizado na freguesia da Sé da cidade de São Paulo. Filho legítimo de José Medeiros Pereira, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Estrela da Ilha de São Miguel (Açores), e de sua mulher Joana Barbosa de Lima, natural e batizada na freguesia de Nossa Senhora da Conceição dos Guarulhos (Guarulhos, SP), bispado de São Paulo. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação. Tomou o hábito no Convento de São Francisco de São Paulo, sendo guardião Fr. Inácio de Santa Teresa Mariano, aos 26 de julho de 1761. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 28 de julho de 1762. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de São Paulo pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764), sendo mestre o Lente Fr. João Capistrano de São Bento. Saiu eleito passante para o estudo do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro em 21 de abril de 1768 e no mesmo ano foi instituído pregador. Foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro pelo Senhor Bispo Dom Fr. Antônio do Desterro, com letras do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos em 5 de agosto de 1769. Foi eleito lente de teologia moral e juntamente instituído confessor de seculares, aos 27 de julho de 1771. Em 1777 era pároco da Aldeia de Carapicuíba (SP). Sem ordenado, sustentava-se como podia. Foi nomeado Comissário de Terceiros para o Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião na congregação intermédia de 8 de maio de 1779. Para o Convento de Santo Antônio de Santos na congregação intermédia de 22 de fevereiro de 1783. Para o dito convento no capítulo celebrado em 21 de agosto, de 1784, e terceira vez na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786. Foi nomeado para explicar moral aos Religiosos do Convento São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), na congregação intermédia de 3 de março de 1792. Foi eleito mestre da língua geral brasiliana e principiou a ensiná-la no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 10 de março de 1800, para preencher os desígnios de Sua Alteza Real (D. João VI) que anexa o emprego de Missionário de índios aos Religiosos desta Província. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 saiu eleito guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. Sendo atual Mestre de língua e Missionário dos índios, faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, com todos os sacramentos, aos 11 de novembro de 1805.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1008.