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Referência (documental ou bibliográfica)

  • Identificador:
    14512
    Tipo de Referência Bibliográfica:
    Título da referência:
    Paraiso serafico plantado nos Santos lugares da Redempção regado com as preciosas correntes do Salvador do Mundo Jesu Christo fonte da vida, guardado pelos filhos do N. S. Patriarcha, S. Francisco...
    Autor(es):
    Fr. João Bautista de Santo António
    Lugar de produção/publicação: Lisboa, PT
    Data de produção/publicação:
    1734
    Notas sobre esta referência:

    O autor, Fr. João Bautista de S. António (1683-17-?), foi Vice-Comissário Geral da Obra da Terra Santa. Nesta obra, documenta a devoção de um brasílico pelos lugares santos em Jerusalém, o afamado sertanista e explorador de minas de prata Belchior Dias Moreira.

    Belchior, depois de tomar parte na expedição realizada entre 1587 e 1590, para a conquista do Sergipe, estabelecera-se ali, à margem do rio Real, com fazendas de criação. Sentindo aproximar-se a hora da morte, fez as suas últimas vontades, acrescentando uma cláusula a favor da Obra da Terra Santa, cujo teor nos conservou frei João Batista. O autor, enumerando no seu Paraíso Seráfico as doações testamentárias feitas no Brasil em benefício dos Lugares Santos, menciona em primeiro lugar, por ser a mais antiga que conhecia, o legado do sertanista nestes termos:

    Agora será a primeira prova de devoção de Belchior Dias Moreira, morador no rio Real de Cima, da capitania de Sergipe del-Rei, sertão da Bahia, que instituiu uma capela a que anexou os rendimentos de dois currais de gado, ordenando que em cada um deles conservassem um cento de vacas; e que no fim de quatro anos depois do seu falecimento, todos os bois que se achassem e tivessem os mesmos quatro anos seriam metade para os Lugares Santos, e outra metade para a Santa Casa de Misericórdia do mencionado Sergipe. Declarou mais que no ano seguinte seriam metade do administrador todos os que se achassem da mesma idade de quatro anos, pondo-lhe algumas obrigações sobre isto; mas que no outro ano adiante pertenceriam às ditas esmolas (da Terra Santa), as quais dispôs fossem perpétuas com a alternativa declarada, um ano para os legados, e outro para o administrador, todo o fruto que as duzentas vacas produzissem. E para que a sua caridade fosse perpétua, ajuntou algumas cláusulas a esta instituição no seu testamento, que fez em vinte de julho de 1622. Serviu, contudo, esta administração de alimento à cobiça, pois com as mesmas rendas da capela estão fazendo guerra os administradores aos da Terra Santa. (Paraiso Seráfico I, 417)

Como citar esta referência

SANTO ANTÔNIO, João Batista de. Paraiso serafico plantado nos Santos lugares da Redempção regado com as preciosas correntes do Salvador do Mundo Jesu Christo fonte da vida, guardado pelos filhos do N. S. Patriarcha, S. Francisco... Lisboa: na officina de Domingos Gonçalves, 1734-1741. [2 v.]

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