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Nascido aos 16 de fevereiro de 1887 em Münster, Alemanha, veio Frei Hugolino Guilherme Becker para o Brasil em dezembro de 1912, para, em Blumenau, SC, concluir os estudos ginasiais e ingressar na Ordem. No dia 11 de janeiro de 1914, recebeu o hábito franciscano, em Rodeio, SC. Aos 20 de dezembro de 1919, foi ordenado sacerdote em Petrópolis, RJ. Concluídos os estudos teológicos, esteve uma temporada em Curitiba, PR, onde sua principal atividade foi a de redator e colaborador do "Kompass" ("A Bússola", jornal católico editado em língua alemã, desde 1902). Com o falecimento de Frei Xisto Meiwes em 1926, recebeu transferência para Angelina, SC. Não foi fácil para ele habituar-se à prática pastoral. Sua inclinação vocação estavam dirigidos mais para os estudos, e já no seminário recebera o apelido de "professor". Seu tom professoral e a falta de habilidade para as coisas práticas o acompanharam para Angelina. Nos estudos, o seu principal interesse se tinha orientado para a exegese, e aí os resultados foram animadores. Os paroquianos apreciavam seus sermões sempre recheados de citações e exemplos da Escritura Sagrada. Pouco antes da Páscoa de 1929, foi chamado para sacramentar um doente atacado de tifo. Algum tempo depois se sentiu doente. Piorou e teve que guardar o leito. Ao se manifestar a febre e seu estado se agravando mais e mais, o superior o enviou a São José, SC, (residência e paróquia entregues posteriormente à diocese de Florianópolis, SC) para uma recuperação. Como não apareceram melhoras, foi internado no hospital de Florianópolis, onde o médico constatou febre tifoide. Ficou um mês internado. Já se sentia bem melhor e fora de perigo, quando ocorreu uma recaída. Na manhã do dia 12 de maio, o superior de Florianópolis foi chamado às pressas para lhe administrar os sacramentos dos enfermos. Recebeu-os com grande piedade. Dia 14 seu estado tornou-se desesperador; ainda assim acompanhou com atenção e devoção as orações dos agonizantes. Neste mesmo dia, 14 de maio de 1929, às 17:30 horas, adormeceu no Senhor. O enterro realizou-se no dia 15 às 11 horas em Santo Amaro do Cubatão (agora: Santo Amaro da Imperatriz, SC), depois de uma solene missa de corpo presente. Frei Hugolino foi um fiel cumpridor de seus deveres e obrigações. Apesar da relativamente curta estadia em Angelina, foi querido e apreciado, pois, em todas as capelas foram encomendadas Santas Missas para o descanso de sua alma. Assim, prematuramente, aos 42 anos de idade e 10 de sacerdócio, terminou sua carreira, vítima de seu ministério sacerdotal de doação ao próximo.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 119.