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Warendorf diocese de Münster, Alemanha, foi a cidade natal de Frei Barnabé Bocks, onde nasceu aos 11 de abril de 1880. Jovem ainda, iniciou juntamente com o irmão, os estudos para o sacerdócio franciscano. Infelizmente teve que desistir, primeiramente por não ter capacidade de acompanhar os estudos, devido seu fraco talento, depois, por motivos de saúde. Os pulmões afetados exigiram até o secamento de um deles. A saúde ficou um tanto afetada, pelo resto da vida. Isto contudo não foi empecilho para ele prosseguir na caminhada da vocação franciscana. Não podendo ser sacerdote, decidiu Frei Barnabé tornar-se irmão religioso leigo. Na cidade natal recebeu o habito no dia 4 de setembro de 1906, das mãos do Ministro Provincial da Província da Imaculada Conceição, Frei Lucínio Korte (1904-1907), que se encontrava na Europa. No mês de outubro do mesmo ano veio para o Brasil. Em 1911 iniciou o noviciado da Ordem Primeira e, no dia 17 de abril de 1918, professou solenemente, emitindo os votos na presença do Delegado Provincial, o venerável Frei Rogério Neuhaus. Desde o início da vida religiosa seu trabalho foi sempre o de cozinheiro. Esta ocupação o levou para muitos conventos: Petrópolis, RJ; Rodeio, SC; Curitiba, PR; Rio de Janeiro (Santo Antônio); Santo Amaro do Cubatão, atual Santo Amaro da Imperatriz, SC; Lages, SC; Porto União, SC; Ouro Verde, agora Canoinhas, SC; Rio Negro, PR, e Blumenau, SC. No seminário menor de São Luís de Tolosa, em Rio Negro, esteve durante 11 anos. Lá nas horas livres e, sobretudo nos domingos à tarde, gostava de entreter-se com os alunos. Aos principiantes do latim, mostrava os rudimentos ainda lembrados, da língua de Cícero, recitando com ênfase o "rosa, rosae". Até provérbios gregos, retidos na memória, eram então apresentados. Era igualmente grande amigo da música. Quando os alunos estavam fora, aproveitava o piano para tocar trechos de músicas que sabia de cor. Apreciava quando nas festas do colégio era convidado a declamar poesias ou tocar alguma peça musical. Fazia tudo com muita simplicidade e naturalidade. Alma singela, se sentia incomodado quando era colocado na chefia da cozinha. Pensava não dar conta do recado e ficava aflito e nervoso. Aliás foi sempre um tanto nervoso. Sofria também de asma e do estômago. Sempre fidelíssimo no trabalho e nas obrigações religiosas, fazia tudo no espírito verdadeiramente franciscano. Nos últimos anos de vida o encontramos em Blumenau, já bastante cansado. Foi aí que a irmã morte o buscou. Não estava propriamente enfermo. Tivera gripe, com duas recaídas. Na manhã do dia 27 de março de 1941, foi encontrado agonizante. O Ministro Provincial Frei Mateus Hoepers (1941-1945), presente no convento, por estar em visita canônica às casas do sul da Província, rezou com os confrades o ofício dos agonizantes. Faleceu Frei Barnabé pelas 13:00 horas, deste mesmo dia 27 de março de 1941, entregando serenamente sua alma ao Criador.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 39.