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Lugar de presencia y acción

  • Identificador:
    11938
    Descripción:
    OFM/PSC Paróquia Franciscana Bom Jesus
    Tipo de presencia:
    Lugar: Caraí, MG
    Fecha inicial:
    1919
    Fecha final:
    1972
    Notas sobre este lugar de presencia/acción:
    Dom Serafim Gomes Jardim, Bispo de Araçuaí, que ao 1º de janeiro de 1919 havia criado a paróquia de Bom Jesus do Lufa, desmembrada da de Araçuaí com alguns trechos de outras freguesias vizinhas, nomeou Frei José de Haas, de Araçuaí, vigário de Lufa também. Regularmente este mandou Frei Sabino Staphorst ou Frei Onésimo Timmermans para lá. Mas o povo não cansou de pedir um padre para residir no meio deles. No princípio de junho, o Comissário resolveu que um dos dois poderia residir em Lufa, continuando a ser súdito do praeses de Araçuaí, onde ao menos uns oito dias por mês devia morar. No dia 2 de agosto, Frei Sabino mudou para a nova paróquia e o mesmo foi nomeado vigário no dia 1º de janeiro de 1920. Já em novembro do mesmo ano, ele foi substituído por Frei Félix Pompen, que tomou conta da paróquia até 1923. Frei Félix, embora tivesse de pelejar muito por falta crônica de dinheiro, fez muita coisa: mandou reformar a matriz por dentro e construir duas novas capelas, a saber, a de Santa Cruz e a de Capão. O bispo calculava a sua superfície em mais de 1.000 Km² e o número de almas, a calcular pelo número de batizados, devia ser de 13 a 14 mil.

    Em 1922, foi aumentada essa paróquia com os distritos de Itaipé, que pertencia a Teófilo Otoni e São José do Caraí, que pertencia à paróquia de Araçuaí. Como vigário dessa enorme paróquia de 45.000 almas foi nomeado, a 10 de abril de 1923, Frei Venceslau Westhof, o qual, porém, ficou residindo em Itaipé. As vilas de Lufa e Caraí ganharam ambas um padre subordinado ao vigário. Frei Félix, em Lufa, teve em Frei Gualberto Schoonhof seu sucessor.

    A Ordem Terceira foi fundada em 4 de outubro de 1923, com 8 homens e 31 mulheres, sendo Frei Gualberto o diretor.

    Todos os dias é rezado o terço, quinta-feira a Bênção do Santíssimo, sexta-feira a Via Sacra e sábado é rezado ou cantado o Ofício de Nossa Senhora.

    Pregações são feitas aos domingos e dias santos de guarda, como também nas viagens e então diariamente. Em mais ou menos 50 localidades (7 capelas e em casas particulares rezava-se a Santa Missa, eram feitos casamentos e batizados)

    Nas viagens, na noite de chegada, é rezado o terço com pequena pregação e confissões; no dia seguinte, na Santa Missa há uma pregação ou instrução, são feitos os batizados e os casamentos.

    A paróquia, que algum tempo estava vaga (com a saída de Frei Gualberto em 1925), agora é administrada por Frei Simeão van den Akker. Até à sua chegada em 1928, as viagens eram feitas por Frei Ubaldo Verdegaal. A situação espiritual dessa paróquia é satisfatória. Pregação é feita duas vezes por semana, além disso, em todos os dias santos, como também nas festas de São Sebastião, do Padroeiro, nas festas anuais nas capelas. O lugar está indo para trás, está saindo muita gente e ninguém de fora está se estabelecendo aqui, a Ordem terceira diminuiu muito. Essa foi fundada aqui em 4 de outubro de 1923 e hoje 25 pessoas fazem parte. Frei Simeão van den Akker é diretor que dirige a reunião mensal. Ele mesmo tem sido diretor do Apostolado da Oração e nessa qualidade dirige a reunião mensal por ocasião da primeira sexta-feira com a S. Comunhão Geral, como também a reunião seguinte da diretoria. Também desta associação diminuiu o número de associadas, pelos mesmos motivos como na Ordem terceira. Talvez ainda tenham 30 pessoas.

    Bom Jesus do Lufa, onde era nossa residência, é um lugar como tantos outros no Brasil. O crescimento e florescimento, atraso e decadência são dependentes de situações acidentais, com as quais ninguém é capaz de contar. Quantas localidades havia na vizinhança de Lufa que antes eram florescentes, porque ali se achava ouro e agora se acham em situação deplorável, porque não tem mais ouro para catar. Assim está acontecendo agora a Lufa, embora que se saiba até agora, lá nunca houvesse ouro para ser catado. Somente por mudança de circunstâncias este lugar não mais pode regozijar-se no florescimento que nossos padres ainda conheceram. Na vizinhança veio uma linha de estrada de ferro: Lufa ficou fora dessa novidade, perdeu o movimento pela Estrada Real, como se fala aqui, e acabou-se sua situação florescente. Muitos moradores dirigiram-se para a nova estrada de ferro para trabalhar, os outros os seguiram, porque em Lufa sobra nada para ganhar a vida, de maneira que Lufa agora tem muitas casas com portas e janelas fechadas, como também nas listas da Ordem Terceira e de outras associações atrás de muitos nomes está acrescentado: mudou-se. Agora moram lá apenas umas 200 almas.

    Assim estava a situação quando, em setembro de 1928, Frei Simeão van den Akker foi nomeado vigário. Constatou-se então o que tantas vezes foi opinado: o missionário em Lufa não mais está em lugar certo; o centro da paróquia transferiu-se para a estrada de ferro, mormente para São Bento, que atualmente só nessa localidade já se tem quase 2.000 habitantes. Quantos morrem lá sem os Santíssimos Sacramentos! Muitos ferroviários e comerciantes, vindos de todos os cantos, não tem animais de carga, muitos também perderam a fé para buscar o padre na distância de 5 ou 6 léguas. Não só por esses falecimentos, mas também por causa da própria vida religiosa e da pastoral, era desejável a mudança da nossa residência, porque criar por ali mais uma paróquia, nestas precárias condições de manter-se, não era ou ainda não é possível.

    Nessas considerações, Frei Simeão van den Akker propôs ao bispo sua mudança para São Bento, na suposição de que o Padre Comissário, Paulo Stein, estivesse de acordo, o que se procurou saber logo. O bispo permitiu imediatamente esta mudança, achando-a uma boa solução, ainda mais porque a criação de uma nova paróquia, já muito tempo em preparação, não era realizável por enquanto. Também o Padre Comissário aplaudiu inteiramente essa proposta e permitiu, como foi pedido, que se mudasse imediatamente; a decisão definitiva cabia ao Padre Provincial que estava sendo esperado no Brasil.

    Em definitivo é servida a paróquia do Bom Jesus de Lufa e, provisoriamente, uma parte das paróquias da Chapada e de Sucuriu. Como está a situação moral da paróquia do Bom Jesus, pode-se deduzir do número de batizados de crianças naturais, a saber, 50 dos 543. Na sua censura, porém, olhe as dificuldades especiais, distâncias, pobreza, ignorância e atraso. Como esta paróquia esteja habitada mais de 100 anos, existem aqui tradições religiosas e já se tem uma certa medida de conhecimento religioso.

    A nova casa paroquial (em São Bento) está em construção e o telhado já está feito.

    A Ordem Terceira de Lufa diminuiu muito pela grande decadência do lugar e pela ausência do padre. Das 38 pessoas da Ordem Terceira, 26 se mudaram para outros lugares. Frei Cirino Teernstra era o diretor do Apostolado da Oração e, como tal, presidia à reunião mensal e cuidava das solenidades com pregação nas primeiras sextas-feiras.

    São Bento é novo nome, embora não oficial da paróquia, que era conhecida como do Bom Jesus de Lufa. A razão disso pode ser achada no fato que, faz ano e meio, o então vigário Frei Simeão van den Akker mudou sua residência de Lufa para São Bento e, desta maneira, embora Lufa ficasse com seus direitos de matriz, a paróquia mudou de nome, porque o povo considera simplesmente como centro da paróquia onde reside o padre, conforme o antigo ditado: Ubi Petrus, ibi et ecclesia

    Fontes: RSC 1974 - págs. 317

    Vinte e Cinco Anos no Brasil - 1899-1924 - págs. 38, 179, 180

    Autor: Frei Sabino Staphorst ofm - Tradução de Frei Helano van Koppen ofm

    Neerlandia Serafica (não editado) - págs.8, 24, 104,106.

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cómo citar este contenido
SATLER, Fabiano Aguilar. OFM/PSC Paróquia Franciscana Bom Jesus. Red Internacional de Estudios Franciscanos en Brasil. Disponible en: http://riefbr.net.br/es/content/ofmpsc-paroquia-franciscana-bom-jesus. Accedido en: 31/01/2025.