Pregador, ex-definidor, brasiliense. No século se chamava Salvador Monteiro Diniz, natural e batizado na Sé da cidade do Rio de Janeiro. Filho legítimo de João Lopes Ferreira, natural e batizado na mesma Sê, e de sua mulher Ana de Carvalho, natural e batizada na freguesia de Nossa Senhora da Candelária da sobredita cidade do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel de São Roque (1751-1754). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 23 de maio de 1754, sendo guardião Fr. Tomás dos Serafins. Professou no mesmo convento, aos 25 de maio de 1755 sendo guardião Fr. Antônio de São Vicente Ferrer. Foi ordenado em São Paulo, em 17 de janeiro de 1760, com patente do Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação (1757-1761), e lhe conferiu Ordens o Exmo. Sr. D. Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, OFM, bispo da dita cidade. Entrou no estudo de filosofia aberto no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764). Na congregação intermédia de 27 de julho de 1765 foi instituído confessor de seculares. Foi eleito pregador na congregação intermédia de 23 de julho de 1768. Desde 1759 veio servindo de vigário do coro, no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Nas atas capitulares de 24 de setembro de 1796 se lhe concedeu o privilégio de uma guardiania, além das duas que já se lhe tinham concedido. Pela renúncia do guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté, foi eleito em guardião deste convento 3 dias antes do capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805 e, votando neste mesmo capítulo, foi eleito Definidor da Mesa. Continuou a regência do coro. Consumou a sua carreira por um arrojo da natureza (desinteria) que em poucos dias o reduziu ao estado de desamparo. A 20 de janeiro de 1813, faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, tendo recebido todos os Sacramentos. Jaz na quadra em que é costume sepultar-se os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1077.
