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Frei Ricardo de Denno ( Eugênio Valentino Zanetti ) nasceu aos 5 de setembro de 1862, em Denno, na Áustria, de Felipe Zanetti e Adelaide Ossana. Foi batizado no dia 8, pelo Padre Agostinho Zuec. Crismado aos 20 de julho de 1867. Vestiu o santo hábito em Arco, aos 7 de maio de 1878, tendo como Mestre o Frei Henrique de Malé. Fez votos solenes em Arco, aos 27 de setembro de 1883.
Estudou filosofia em Rovereto e Trento, nos anos de 1882 e 1883. Teologia em Arco, Rovereto e Trento, de 1884 a 1887. Entrementes foi ordenado sacerdote aos 5 de julho de 1885, por Dom Dellabona.
Em Trento foi professor até sua vinda ao Brasil, tendo chegado a Santos aos 3 de novembro de 1894 com Frei Bernardino de Lavalle. No dia 7 estava em Piracicaba; transfere-se, depois, para Taubaté como professor no pequeno Externato fundado pelos frades para alunos pobres no Convento Santa Clara. Fundado o Colégio Seráfico em 1896, com Frei Félix e Frei Mansueto de Valfloriana é um dos primeiros professores até 19 de fevereiro de 1907 e diretor do mesmo, de julho de 1902 até essa data.
Em abril de 1907 volta para a pátria em visita aos parentes, ali permanecendo até dezembro de 1908. Conforme consta, o frade ali ficara detido pelos superiores, pois certo colega de hábito que deixou a Ordem, Frei Justino de Taio, teria dito ao Provincial que os frades velhos maltratavam os estudantes. Estando de volta aos 20 de dezembro de 1908, foi nomeado diretor da Ordem Terceira de Piracicaba e também da recém-fundada Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria, visitando-as freqüentemente.
Em 1910 foi nomeado diretor do jornal “La Squilla”, ofício exercido até 4 de fevereiro de 1913. Nessa data foi transferido para Penápolis como capelão e guardião, ali permanecendo até 1916. Como capelão também de Birigüi, aos 21 de novembro de 1915 rezava a primeira missa para a fundação da futura cidade, na casa do sr. Nicolau da Silva Nunes. Igualmente, aos 25 de março de 1915 celebrou a primeira missa na primitiva capelinha de Araçatuba, embora a primeira missa local tenha sido celebrada aos 5 de setembro de 1912 por Frei Felicíssimo de Prada e Frei Bernardo de Vezzano, conforme o registro deste último em seu Diário de Missas.
Aos 30 de setembro de 1917 Frei Ricardo é destinado para Taubaté onde cuida da Ordem Terceira nessa cidade, em Pinda, Caçapava, São Jose dos Campos e outros locais. Quando, em 1918, Taubaté foi atingida pelo surto de febre amarela, Frei Ricardo muito trabalhou entre os atingidos; o mesmo aconteceu nos hospitais de Caxambu.
Em fevereiro de 1919 foi designado vigário da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, ali permanecendo por um ano. Ao retornar, foi para Botucatu acompanhar Dom Lúcio em suas visitas pastorais. Em seguida, foi vigário em Bom Jesus dos Perdões por seis meses. Dali saiu para ser Mestre de Noviços em Taubaté, cargo que exerceu por 10 valiosos anos.
Em 1934 vai para São Paulo como diretor dos Estudantes e professor de língua italiana. No ano seguinte vai para Piracicaba, onde tem a grande alegria de rezar Missa de Bodas de Ouro de Sacerdócio quando pregou seu ex-aluno Dom. Frei Luís de Santana, então Bispo de Uberaba.
Em fins de 1936 está de volta para Taubaté. Nesta cidade, residiu 39 dos seus 48 anos de Brasil, ali vindo a falecer aos 7 de fevereiro de 1945.