Pregador, Ex-Ministro Provincial, Europeu. No século se chamava Miguel de Mattos, natural e batizado na freguesia de Santiago, patriarcado de Lisboa. Filho legitimo de Miguel de Mattos, natural da vila de Gafete, província de Alemtejo, e de sua mulher Maria José, batizada na freguesia de Santo André, patriarcado de Lisboa. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim de São Daniel (1828-1831). Tomou o hábito para frade do coro no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, a 31 de maio de 1829, sendo guardião Fr. José da Visitação. Professou no mesmo convento e mãos do dito guardião, a 1° de junho de 1830. No capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831 foi admitido ao estudo de filosofia no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo Lente Fr. João de Parma. No capítulo celebrado aos 23 de agosto de 1834 foi nomeado pregador. Com patente do Ministro Provincial Fr. Antônio de Santa Mafalda (1834-1837), ordenou-se sacerdote a 23 de abril de 1837 pelo Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio da Arrábida, bispo de Anemúria. No capítulo celebrado a 7 de abril de 1838 foi nomeado confessor de seculares, sacristão-mor e mestre de cerimônias para o convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Na congregação intermédia de 7 de outubro de 1839 saiu eleito guardião do sobredito convento, sendo confirmado na mesma guardiania no capítulo celebrado aos 24 de abril de 1841 e na congregação intermédia de 31 de outubro de 1842. Governou o dito convento até 1847, ano em que foi deposto da guardiania pelo Visitador Geral Fr. João de São José Calmon, Religioso da Província de Santo Antônio da Bahia. Pela renúncia do Custódio Fr. Francisco do Monte Alverne, foi eleito Custódio da Mesa, aos 13 de agosto de 1850. No capítulo celebrado a 17 de agosto de 1850 saiu eleito Ministro Provincial, sendo primeiramente habilitado pela Santa Sé, por não ter sido ainda Definidor da Mesa. No capítulo celebrado a 28 de maio de 1853 elegeram-no guardião para o convento da Senhora dos Anjos de Cabo Frio. Renunciou esta guardiania. Com patente do Ministro Provincial Fr. Francisco de São Diogo (1853-1854) foi comissário de Terceiros para São João del Rei, Província de Minas Gerais. Na congregação intermédia de 12 de setembro de 1857 foi eleito guardião para o convento da Senhora do Amparo de São Sebastião. No capítulo celebrado a 12 de março de 1859 saiu eleito guardião e comissário de Terceiros para o convento de Santo Antônio de Santos. Renunciou estes empregos, a fim de ficar exercendo o lugar de vigário encomendado da freguesia do Bairro de São Francisco, instalada na igreja da Ordem Terceira do convento de São Sebastião. Em 1862 estava paroquiando na freguesia de Santo Antônio de Caraguatatuba, SP. Mais tarde serviu de vigário encomendado da freguesia de Santa Cruz de Paiolinho (Redenção da Serra, SP), onde faleceu aos 24 de julho de 1874. Foi sepultado no convento de Santa Clara de Taubaté.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1337.