Pregador. Ex-definidor, Padre da Província, Europeu. No século se chamava Mateus Corrêa Martins. Nasceu aos 4 de dezembro de 1766, natural e batizado na freguesia de Santa Luzia da cidade de Angra, Ilha Terceira. Filho legítimo de José Caetano Martins, natural da freguesia de Nossa Senhora da Conceição da dita cidade e ilha, e de sua mulher Luísa Tomásia de Nazareth, natural da referida freguesia de Santa Luzia, Ilha Terceira (Açores). Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José dos Anjos Passos (1781-1784). Tomou o hábito para frade do coro no convento de São Boaventura da vila de Macacu, aos 18 de maio de 1782, sendo guardião o Pregador Fr. Inácio da Anunciação, e lhe lançou o hábito o próprio Ministro Provincial. Professou no mesmo convento com o sobredito guardião, aos 20 de maio de 1783. Entrou no estudo de filosofia a 4 de julho de 1785, sendo Ministro Provincial Fr. Fernando de São José Menezes (1784-1787) e Professor o Ex-Leitor de Prima Fr. Bernardino de Sena. Com patente do Ministro Provincial Fr. José do Desterro (1787-1790) foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro, aos 27 de fevereiro de 1790, pelo Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7° bispo da dita cidade. No capítulo celebrado a 28 de agosto de 1790 foi nomeado pregador. No capítulo celebrado aos 31 de agosto de 1793 foi instituído confessor de seculares e eleito presidente do convento da Senhora da Penha, sendo confirmado neste emprego e convento sucessivamente na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795, no capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796, na congregação intermédia de 24 de março de 1798 e no capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 foi mandado para comissário de Terceiros dos Campos Goitacazes (Campos, RJ). Com patente do Visitador Geral Fr. Joaquim da Santíssima Trindade Netto foi presidente in capite do convento da Senhora da Penha no ano de 1808. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 foi eleito guardião do dito convento. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi nomeado comissário de Terceiros do convento da Senhora dos Anjos em Cabo Frio. Saiu eleito guardião do convento da Senhora do Amparo da vila de São Sebastião, no capítulo celebrado a 12 de outubro de 1812. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 foi eleito comissário de Terceiros do convento de São Francisco em São Paulo (parece que não teve exercício). No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi nomeado porteiro do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, e a 28 de novembro do mesmo ano foi eleito guardião do convento de São Luís em Itu, em lugar do Ex-Leitor Fr. Domingos de Nazareth que renunciou a dita guardiania. Na congregação intermédia de 20 de abril de 1816 saiu confirmado na mesma guardiania. Foi eleito Definidor da Mesa no capítulo celebrado a 18 de abril de 1818. No capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821 foi condecorado com os privilégios de Padre da Província, dados pelo Senhor Núncio Apostólico Marefoschi, gozando de sua precedência segundo a data do Breve de 28 de maio de 1819, por determinação da Mesa. A 7 de novembro de 1821 foi eleito guardião do convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), pela renúncia que fez Fr. João de Santa Cecília, sendo confirmado nesta guardiania na congregação intermédia de 26 de abril de 1823. A 25 de fevereiro de 1825 apresentou uma licença de Sua Majestade o Imperador Dom Pedro I, para poder residir no século, em companhia de seu irmão morador na Província de Minas. Havendo regressado voluntariamente à Província no ano de 1829 foi eleito Mestre de Noviços para o convento de São Luís da vila de Itu na congregação intermédia de 13 de fevereiro de 1830. No capítulo celebrado a 23 de agosto de 1834 saiu eleito guardião e comissário de Terceiros do sobredito convento de Itu, sendo confirmado nestes dois empregos na congregação intermédia de 27 de fevereiro de 1836. Foi achado morto na sua cela na manhã do dia 28 de setembro de 1841, no convento de São Luís de Itu, onde era morador, tendo de idade 75 anos. Julga-se ter morrido de ataque apoplético.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1259.
