Ex-Leitor, pregador Imperial, brasiliense. No século se chamava Mariano da Silva Moraes, natural da freguesia de Nossa Senhora dos Remédios de Parati e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Ilha Grande (Angra dos Reis), bispado do Rio de Janeiro. Filho de pais incógnitos. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 15 de maio de 1806, sendo guardião o Ex-custódio Fr. Agostinho de Sant’Ana. Professou no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, sendo guardião o Pe. Mestre Jubilado Fr. Joaquim de Santa Leocádia, a 17 de maio de 1807, sendo de idade de 18 anos completos e tomando por nome Fr. Mariano do Rosário. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi admitido ao estudo no Convento de São Francisco de São Paulo, tendo por Lente de Artes o Ex-Leitor de Vésperas Fr. João do Espírito Santo. Com patente do Ministro Provincial Fr. Alexandre de São José Justiniano (1811-1814) foi ordenado sacerdote em 22 de fevereiro de 1812 pelo Exmo. Sr. Dom José Caetano da Silva Coutinho (1806-1833), 8º bispo do Rio de Janeiro. No capítulo celebrado aos 15 de outubro de 1814 foi nomeado confessor de seculares, pregador e passante para o estudo no Convento de São Francisco de São Paulo, pela renúncia do Passante Fr. Manuel do Amor Seráfico. No provincialado do Ministro Provincial Fr. Alexandre de São José Justiniano foi Secretário na visita de um seu delegado, e de outra no governo do Visitador Geral Fr. Joaquim de Santa Rosa Congonhas, também de um seu delegado. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi eleito Lente de Teologia Moral para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, tendo já sido nomeado Lente de Moral para o Convento de São Francisco de São Paulo, na congregação intermédia de 20 de abril de 1816, cujo emprego não exerceu, mas substituiu esta cadeira no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Em 22 de março de 1819 foi nomeado pelo Exmo. Sr. Núncio Apostólico Marefoschi, Teólogo da Nunciatura. No capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821 declarou-se por acabado o tempo de sua leitura, por ter enchido os anos da Lei. Neste mesmo capítulo foi condecorado com uma guardiania, em atenção aos serviços de escrituração que teve em todos os provincialados. Por carta régia de 21 de agosto de 1822 foi nomeado Pregador da Capela Imperial. Em 1823 serviu de visitador Delegado do Ministro Provincial Fr. Ângelo de São José Mariano (1821-1823). Em fevereiro de 1825 apresentou com licença de S. Majestade Imperial (Dom Pedro I) um Provimento do Exmo. Sr. Bispo do Rio de Janeiro Dom José Caetano da Silva Coutinho, em que o constituía Capelão de uma ermida ou capela de um particular no mato de Cacerutiba (?), distrito da vila de Parati. Faleceu nesta mesma vila de Parati em 1828.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1188.