Pregador, ex-definidor, europeu. No século se chamava Manuel Alves Ramos, natural e batizado na freguesia de Santa Maria de Carreço, termo da vila de Viana, comarca de Valença e arcebispado de Braga. Filho legítimo de Domingos Alves Ramos e de sua mulher Domingas Fernandes, ambos naturais da sobredita freguesia. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel de São Roque. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. José tios Serafins Amorim, aos 19 de maio de 1752, e professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. Tomás dos Serafins, aos 20 de maio de 1753. Foi nomeado colegial para estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, pelo Ministro Provincial Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá, sendo mestre Fr. Francisco de Santa Teresa. Foi ordenado Sacerdote no ano de 1758, com patente do Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação, e lhe conferiu as Ordens o Snr. Bispo do Rio de Janeiro D. Fr. Antônio do Desterro. Saiu eleito pregador e confessor de seculares na congregação intermédia de 24 de julho de 1762. Nesta mesma congregação foi nomeado presidente do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, mas foi exercer este ofício no Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis): e nele ficou presidente in capite (1764). Foi Comissário de Terceiros do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio em 1768. No capítulo celebrado a 30 de janeiro de 1773 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Penha. Por impedimento que pôs o Marquês do Lavradio, Vice-Rei do Estado aos guardiães que saíram eleitos na congregação intermédia de 30 de julho de 1774, não querendo dar-lhe despacho, foi governar o Convento de São Francisco de Vitória, e durou 8 meses. Aos 2 de setembro de 1778 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. Durou este governo 10 meses. No capítulo celebrado a 6 de outubro de 1781 saiu eleito guardião do Convento de Santo Antônio de Santos. Ficou confirmado no mesmo lugar e convento na congregação intermédia de 22 de fevereiro de 1783. Elegeram-no Definidor da Mesa no capítulo celebrado a 21 de agosto de 1784. Foi eleito guardião do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro no capítulo celebrado aos 28 de agosto de 1790. Não foi confirmado no emprego na próxima congregação intermédia. Aos 24 de março de 1799 tomou posse do emprego de Visitador Geral e presidente do capítulo que celebrou aos 28 de setembro de 1799. Faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, depois de ter recebido os últimos Sacramentos, no mês de dezembro de 1801. Jaz sepultado no cemitério em que se enterram os religiosos. No mesmo convento do Rio de Janeiro lhe fizeram os sufrágios a 29 de dezembro de 1801.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 962.