Pregador, ex-definidor. No século se chamava Manuel Antônio de Brito, natural e batizado na freguesia de São Pedro de Miragaia da cidade do Porto. Filho legítimo de Antônio da Silva, cuja naturalidade se ignora, e de sua mulher Maria Josefa, natural dm cidade do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. Antônio de São Vicente Ferrer, aos 24 de dezembro de 1755. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. Manuel de Santa Clara, aos 22 de maio de 1757. Entrou no estudo de filosofia no Convento de São Francisco de São Paulo, por mandato do Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação, sendo mestre Fr. Manuel de São Boaventura. Foi ordenado Presbítero no Rio de Janeiro, dia 1º de janeiro de 1762 (veja nota). Foi eleito Pregador no Capítulo celebrado a 28 de janeiro de 1761, e Confessor de seculares na congregação intermédia de 27 de julho de 1765. Nesta mesma congregação o elegeram presidente do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Na congregação intermédia de 23 de Julho de 1768 saiu eleito presidente do Convento de São Francisco de Vitória. No Capítulo celebrado a 27 de janeiro de 1770 foi nomeado presidente do Convento de Nossa Senhora da Penha. Saiu eleito guardião do Convento de São Francisco de Vitória no Capítulo celebrado em 13 de dezembro de 1777. No Capítulo celebrado a 6 de outubro de 1781 foi eleito superior da Aldeia de São Miguel (São Miguel Paulista, SP). Na congregação intermédia de 22 de fevereiro de 1783 saiu eleito superior da Aldeia de Nossa Senhora da Escada. No Capítulo celebrado a 21 de agosto de 1784 foi nomeado superior da aldeia de São João. Na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. No mês de fevereiro de 1788 foi servir de capelão no presídio da Ilha da Trindade. Na congregação intermédia de 3 de março de 1792 foi nomeado guardião do Convento de Nossa Senhora do Amparo em São Sebastião, exercitando no mesmo tempo o emprego de Comissário de Terceiros para o qual cargo também foi eleito. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 saiu eleito definidor da mesa. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 foi eleito Comissário de Terceiros do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Porém, renunciou a este emprego. Na congregação intermédia de 28 de março de 1801 elegeram-no secretário da Província. Tendo recebido os últimos sacramentos, deu a alma a Deus na enfermaria do Convento do Rio de Janeiro a 8 de maio de 1801. Jaz sepultado na quadra em que se enterram os religiosos. Nota: segundo o registro, Fr. Manuel dos Prazeres: teria sido ordenado de sacerdote em São Paulo: dado transcrito no Elenco. Não figura, porém, no Livro de Matrículas de Ordenandos de São Paulo. Está, sim, no livro 4º de Ordenandos do Rio de Janeiro. É a este que damos preferência final.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 958.