Ex-Leitor, Padre da Província, europeu. No século se chamava Luís Soares Albergaria, natural da cidade do Porto e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Vitória da mesma cidade. Filho legítimo de Lourenço Soares e de sua mulher Vitória Maria do Sacramento. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 7 de março de 1762, sendo guardião o Pregador Fr. José da Madre de Deus Rodrigues. Professou com o mesmo prelado e no mesmo convento, aos 21 de março de 1763. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro pelo Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770), sendo mestre e Ex-Leitor de teologia Fr. José de Santa Maria Mascarenhas. Foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, a 10 de dezembro de 1768, com patente do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos, e lhe conferiu as Ordens o Exmo. Sr. D. Fr. Antônio do Desterro, OSB (1745-1773), 6º bispo da referida cidade. Na congregação intermédia de 30 de julho de 1774 saiu eleito pregador e passante para o estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. No capítulo celebrado a 13 de dezembro de 1777 saiu eleito lente de teologia para o estudo que se lia no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. Foi eleito Mestre de Filosofia para o Convento de N. P. São Francisco da cidade de São Paulo no capítulo celebrado a 6 de outubro de 1781. Como se demorou a abertura deste estudo o lr. Visitador Geral Fr. Justo da Natividade o nomeou seu secretário em 21 de fevereiro de 1784. Renunciando o leitorado de filosofia foi eleito guardião do Convento de São Boaventura de Macacu no capítulo celebrado a 21 de agosto de 1784. Neste mesmo capítulo foi designado para explicar teologia moral aos Religiosos do mesmo convento no tempo de sua guardiania. No capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787 foi destinado a explicar teologia moral aos Religiosos do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). No capítulo celebrado a 28 de agosto de 1790 saiu eleito guardião do Convento de N. P. São Francisco de São Paulo, sendo confirmado nesta mesma guardiania na congregação intermédia de 3 de março de 1792. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 foi eleito Definidor da Mesa. No capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 saiu eleito guardião do Convento de São Boaventura de Macacu, sendo reeleito para o mesmo emprego no mesmo convento na congregação intermédia de 28 de março de 1801. Foi eleito para o convento da Senhora do Amparo da vila de São Sebastião em guardião, aos 14 de setembro de 1804, por falecimento do guardião Fr. Manuel de São Vicente Araújo. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 saiu eleito guardião do Convento de São Francisco de São Paulo, sendo confirmado nesta mesma prelazia na congregação intermédia de 14 de abril de 1810. Aos 19 de fevereiro de 1811 foi declarado Padre da Província por Breve do Senhor Núncio Apostólico D. Lourenço Caleppi. Faleceu no Convento de N. P. São Francisco de São Paulo, depois de receber com os últimos sinais de piedade os Sacramentos, deixando em edificação toda a comunidade. Por sua alma se fizeram os sufrágios no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro aos 13 de julho de 1815.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1093.