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Franciscano/a

  • Alt
    Identificador:
    11518
    Nombre:
    Fr. Leonardo Kloppenburg, OFM (Christianus Bernardus Jacobus Kloppenburg)
    Sexo:
    Fecha de nacimiento:
    09/07/1872
    Fecha del fallecimiento:
    19/06/1951
    Lugar de nacimiento: Huissen, NL
    Lugar del fallecimiento: São João del-Rei, MG
    Estado eclesiástico:
    Notas Biográficas:

    IN MEMORIAM

     

    Frei Leonardo Kloppenburg.

    Varão de Deus... Qualificando assim o nosso frei Leonardo, cremos não exagerar. Entrando na Ordem de São Francisco deu-se todo. Entregou-se a Nosso Senhor para o que desse e viesse.

    Se bem que, no século, tivesse o seu ofício próprio, não lhe fazia diferença ver-se incumbido no convento de outras ocupações. De costumes singelos, que nada tinham de afetado, nem ademanes de empolado, atraía os que com ele tratavam. Aceitava a vida e os sucessos da vida, bons ou maus, agradáveis ou aborrecidos, assim como vinham, porque os encarava sob a luz da fé.

    Nunca se teve em conta de algo elevado sobre os seus confrades. Nem se tentava impor por saber isto ou aquilo melhor do que os demais, preferindo pensar de si próprio humildemente. Andava na convivência conventual de olhos abertos e, longe de ininteligente, via falhas e defeitos em homens e cousas sem reparar neles, e muito menos reprová-los em palavras. Punha em prática, para si próprio, a norma áurea: "Defectus vides, quid ad te?" Aos que com ele conviviam, quando perguntado ou forçado pelas circunstâncias, manifestava sua opinião com sinceridade e lealdade sem ofender alguém. Não confundia absolutamente franqueza que atrai com atrevimento que afasta. Calmo, aplicando-se ao seu cargo, humilde seja por índole seja por virtude adquirida, governava-se perfeitamente nas muitas contrariedades que lhe sobrevinham.

    Sua vida religiosa? Basta dizer que o tínhamos todos por observante de regra e disciplina da comunidade e homem de oração. E o era de fato. Gostava de ler alguns livros de piedade, e até um jornal ou a "Katholieke Illustratie Porém mais comum era encontrá-lo em horas livres terço na mão.

    Enquanto com saúde, levantava-se sempre cedinho, ia à igreja, ficando em oração até a hora de comungar ou ajudar a missa. Até aos mesmos estranhos à casa impressionava a sua piedade, que por piedoso o muito estimavam.

    Mostrou-se sempre aplicado ao trabalho. Alfaiate na perfeição, foi durante muitos anos o único no Comissariado. Corria, portanto, por sua conta a confecção dos hábitos e de muita roupa branca, tanto de corpo como das casas. Verdade seja não fora da extensão atual o Comissariado; abrangia entretanto o Estado de Minas todo. Para dar idéia de sua atividade vai o seguinte: de 1936 a 1946 fez em São João del Rei 385 hábitos para os confrades em quase todas as casas de Minas. Isso entre os 65 e 75 anos de idade, quando já vinha sofrendo de doença incomodativa.

    Além de oficial de alfaiataria servia a miúdo de sacristão das capelas dos internos e dos externos; de enfermeiro e hospedeiro, ofícios que de por si só, ocupam um homem. Falando em enfermeiro, quantas vezes em outros conventos não o reclamavam para esse mister que tamanha paciência exige.

    Mas também sabia sofrer. Anos em seguida foi flagelado por rebelde enfermidade de pele, que o deformava. Pois bem, nunca teve um momento de impaciência, mostrando sempre a mesma calma e até bom humor. Ora, se é verdade que na doença mostra o homem o que é, de mui grande virtude foi nosso irmão. Há poucos anos sujeitara-se, forçado é verdade, à operação da próstata, sempre dolorosíssima e sempre perigosa. Sabia tratar-se de sua vida. Aceitou o sofrimento resignado, conformado: Nosso Senhor fizesse o que quisesse... A mesma calma e conformidade mostrou na última doença. Aqui uma nota característica: antes de cair definitivamente de cama, quando já lhe causava incômodos descer para o nosso oratório do primeiro andar, opor-se a que um sacerdote lhe levasse a S. Comunhão na cela no segundo andar. "Posso descer ainda", disse. Era conseqüência de seu hábito de não dar trabalho a ninguém. Causa que condizia perfeitamente com sua mentalidade de dar a quem de momento precisasse; virtude que tanto o distinguia.

    Esteve de cama três meses. Íamos vê-lo todos os dias. Sempre ele de bom gênio, entregue a Nosso Senhor, terço na mão, sempre agradecendo a visita que lhe fazíamos, tomando por favor o que para nós apenas era dever de caridade de irmãos de hábito.

    Passou assim nosso frei Leonardo seus dias entre nós, edificando-nos por contínuos atos de piedade, obediência e amor fraternal.

    Razão de confiarmos Deus lhe tenha dado a recompensa prometida aos humildes de coração.

    Faleceu em São João del Rei aos 19/6/1951, com 78 anos de idade e 47 anos de vida franciscana.

    Fonte RSC: 1951, p. 120-121.

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SATLER, Fabiano Aguilar. Fr. Leonardo Kloppenburg, OFM (Christianus Bernardus Jacobus Kloppenburg). Red Internacional de Estudios Franciscanos en Brasil. Disponible en: http://riefbr.net.br/es/content/fr-leonardo-kloppenburg-ofm-christianus-bernardus-jacobus-kloppenburg. Accedido en: 31/01/2025.