Ex-Leitor, brasiliense. No século se chamava José Lopes Carneiro, natural e batizado na freguesia de Santa Rita do bispado do Rio de Janeiro. Filho de pais incógnitos. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1799-1802). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 20 de abril de 1800, sendo guardião o Ex-definidor Fr. Inácio da Anunciação. Fez profissão no mesmo convento nas mãos do sobredito Ministro Provincial, aos 26 de abril de 1801, sendo guardião o Ex-definidor Fr. José Mariano do Amor Divino, tendo de idade 21 anos e tomando por nome Fr. José de Santa Felicidade. Com patente do Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805), foi ordenado Sacerdote em São Paulo, em 28 de dezembro de 1802. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. Foi instituído confessor de seculares e admitido ao estudo no Convento de São Francisco de São Paulo, aberto na congregação intermédia de 7 de abril de 1804, em que teve por lente de Artes e de Prima ao Ex-Leitor de teologia Fr. Inácio de Santa Justina. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi eleito pregador e passante para o estudo no Convento de São Francisco de São Paulo. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 saiu eleito lente de Vésperas e Completas do mesmo estudo que no capítulo antecedente (12 de outubro de 1811), havia sido mudado para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. A 28 de novembro de 1814, constando ao Reverendo Definitório a grave moléstia que padecia o lr. Pregador Fr. José do Paraíso Nazareth, guardião atual do convento da Senhora da Penha, foi eleito presidente in capite do mesmo convento. Na congregação intermédia de 20 de abril de 1816 elegeram-no guardião do dito convento. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818, foi-lhe levada em conta uma guardiania de iure, não somente por ter sido presidente in capite quase um ano, como também, os bons serviços que fez ao dito convento da Penha. Depois de exercer o ofício de Comissário de Terceiros no Convento de São Francisco de São Paulo, por tempo de ano e meio (1818-1819) pela renúncia do Pregador Fr. Higino de Santa Narcisa, foi eleito guardião do mesmo convento na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819. Exercendo este emprego, faleceu repentinamente no Convento de São Francisco de São Paulo. Jaz sepultado nos carneiros do mesmo convento. Por sua alma se fizeram os sufrágios no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 8 de novembro de 1820.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1128.
