Nasceu Frei Gabriel Zimmer no dia 9 de novembro de 1879, em Blankenrath, diocese de Tréveris, Alemanha. No ano de 1894 ingressou como seminarista no colégio de Harreveld, Holanda. Três anos depois, o talentoso aluno recebeu o burel de São Francisco, no noviciado em Warendorf, Alemanha. Infelizmente um mal crônico da garganta obrigou-o no ano de 1898 a abandonar o convento. Não querendo ser infiel ao seu compromisso vocacional, pediu e obteve nova admissão à Ordem, agora, como irmão religioso leigo, e no ano de 1899 iniciou o tirocínio de irmão terceiro, para a missão brasileira, recebendo o nome de Frei Adalberto e viajando no mesmo ano para o Brasil. No convento de Curitiba, PR, onde ficou foi cozinheiro, carpinteiro, sacristão, diretor do coral e organista. Impressionado com pessoa tão dotada e capacitada, o guardião da casa Frei Redento Kullmann, o incentivou a retornar aos estudos, já que devido ao clima mais ameno do Brasil, o mal da garganta regredira bastante. Assim no dia 3 de outubro de 1901 recebeu pela segunda vez o hábito para clérigo, desta vez com o nome de Frei Gabriel. Fez o noviciado em Blumenau, SC, sob a direção de Frei Modesto Blõink. Concluídos os estudos de filosofia e teologia foi ordenado sacerdote no dia 31 de janeiro de 1907. No final deste ano iniciou, com os trabalhos pastorais uma vida sacerdotal versátil e muito bem sucedida. Incansável até à morte foi sua disposição de lutar e agir. Todos que o conheceram admitem que não é fácil medir e avaliar a personalidade de um líder. Pessoas de sua têmpera não podem ser apreciadas pelos meios comuns. Os primeiros anos de sua atividade sacerdotal ele os passou em Blumenau, como professor do colégio, e na cura de almas em Belchior e Luís Alves. As aulas de Frei Gabriel eram vivas e dinâmicas, mas cuidava de que nas classes reinasse ordem e disciplina. Ele mesmo, era sereno e jovial. Sabia preparar exemplarmente festas escolares, com banda de música, naturalmente ensaiada e dirigida por ele. Suas pregações eram bem populares, mas seu forte eram os improvisos, estes insuperáveis mesmo. Em Luís Alves iniciou a carreira de construtor de igrejas e capelas, hospitais e escolas. Ali animou e orientou os fiéis na construção da nova matriz e mais tarde da escola paroquial. Em 1912 esteve às portas da morte. Ainda acamado, recebeu notícia de sua transferência para Lages, SC, como guardião e pároco. Reconvalescente, dirigiu-se para lá. No novo posto seus variados talentos puderam desenvolver-se mais livremente. Soube logo conquistar, conhecidos e desconhecidos e em pouco tempo era ele a pessoa mais falada em Lages. Logo imaginou construir nova e monumental igreja matriz. Para isso conseguiu da Província a ajuda do mestre pedreiro Frei Egídio Lother, que tinha não só capacidade, mas também força de vontade e perseverança. A construção seguiu lenta, mas constante, durante quase 10 anos. No dia 1 de janeiro de 1922 foi ela consagrada pelo bispo de Santa Catarina, Dom Joaquim Domingues de Oliveira (1914-1967). É a atual catedral da diocese de Lages, e que pelo seu estilo em pedra e arte se tornou, na época, a igreja mais vistosa do Estado. Neste meio tempo construiu ele ainda 11 capelas. Estas eram geralmente feitas em regime de mutirão. Em 1924 sofreu Frei Gabriel um esgotamento nervoso; recuperou-se lentamente e em 21 de setembro de 1924 foi enviado para Curitiba, como diretor da escola, já que o diretor anterior Frei Inocêncio Engelke, fora nomeado bispo de Campanha, MG. Começou imediatamente com reformas e acréscimos. Já em 25 de maio de 1925 lançou os fundamentos da que foi durante 50 anos a escola e colégio "Senhor Bom Jesus". Desenvolveu então intensa atividade para conseguir o respaldo financeiro. As obras progrediram rapidamente. No dia 27 de janeiro de 1926, foi ele transferido novamente para Blumenau na pastoral. Muitas vezes visitou a capela de Belchior e em pouco tinha erguido lá, belíssima escola paroquial. Em Blumenau mesmo, começou a construção da nova torre da matriz e encaminhou a aquisição de 3 sinos e do relógio da torre. Promoveu a compra de um magnífico órgão. Logo em seguida iniciou a construção de duas capelas, uma em Rio Testo e outra em Itoupava. Em Salto Grande (atual Ituporanga, SC) confiada aos cuidados da paróquia de Blumenau, construiu a igreja matriz; ao lado, a casa paroquial; na frente a escola e, nos fundos o hospital. Não sossegou enquanto não conseguiu convencer a Província, de ali fundar uma residência franciscana, o que aconteceu em 1933. Em 1934 voltou seu velho mal cardíaco. Às portas da morte foi levado a Blumenau. Recebeu os sacramentos dos enfermos. No dia seguinte estava na rua, cuidando de uma encomenda. Passou para Angelina, SC, onde a saúde piorou. Foi enviado a Curitiba, mas como o clima não ajudasse, viajou para São Paulo, SP. Ali internou-se no Sanatório Santa Catarina. Repentinamente foi pa
Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 189.
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Identificador:57251Nombre:Fr. Gabriel Zimmer, OFMSexo:Fecha de nacimiento:09/11/1879Fecha de entrada:03/10/1901Fecha del fallecimiento:11/11/1936Lugar de nacimiento: Alemanha, DELugar del fallecimiento: Rio de Janeiro (Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro), RJGrupo Religioso: OFM ― Ordem dos Frades MenoresEstado eclesiástico:Notas Biográficas:
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cómo citar este contenidoJEILER, Inácio. Fr. Gabriel Zimmer, OFM. Red Internacional de Estudios Franciscanos en Brasil. Disponible en: http://riefbr.net.br/es/content/fr-gabriel-zimmer-ofm. Accedido en: 07/02/2025.