Pregador, Ex-Ministro Provincial, Europeu. No século se chamava Francisco José de Souza Braga, natural da cidade do Porto. Filho legítimo de Domingos José de Souza Braga, natural de Braga, e de sua mulher Custódia Ferreira de Miranda, natural da cidade do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de Parma (1825-1828). Tomou o hábito para frade do coro no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro de 1828, sendo guardião Fr. Joaquim de São Jerônimo Sá. Professou no mesmo convento aos 9 de março de 1829, sendo guardião Fr. José da Visitação. Na congregação intermédia de 23 de fevereiro de 1930, foi admitido ao estudo de filosofia no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo Lente Fr. João de Parma. Com patente do Ministro Provincial Fr. Henrique de Sant’Ana (1831-1834) foi admitido ao presbiterato, o qual lhe conferiu, in sede vacante, o Exmo. Sr. Bispo de São Paulo Dom Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade, aos 19 de maio de 1834. No capítulo celebrado aos 23 de agosto de 1834 foi nomeado pregador e confessor de seculares. Na congregação intermédia de 27 de fevereiro de 1836 foi eleito guardião do convento de São Francisco da cidade da Vitória. Aos 22 de fevereiro de 1838 foi exonerado desta guardiania por ordem do Governo Imperial, por ser estrangeiro. Naturalizou-se brasileiro em setembro de 1847. No capítulo celebrado a 30 de outubro de 1847 elegeram-no guardião do convento de Nossa Senhora da Penha. Na congregação intermédia de 22 de maio de 1849 foi eleito guardião do convento de Santo Antônio de Santos. No capítulo celebrado a 17 de agosto de 1850 saiu eleito Definidor da Mesa. Elegeram-no Ministro Provincial no capítulo celebrado a 28 de maio de 1853. Aos 6 de fevereiro de 1854 renunciou espontaneamente o provincialado, tendo governado 8 meses e 9 dias. Em data não declarada obteve licença da Nunciatura de passar para a comissária da Terra Santa e nela se recolheu. Mas o Ministro Provincial Fr. Antônio do Coração de Maria (18561870), alegando não estar a licença beneplacitada pelo Governo, mandou reconduzi-lo ao convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. No capítulo celebrado a 12 de março de 1859 foi eleito guardião do convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião, sendo confirmado nesta guardiania na congregação intermédia de 22 de setembro de 1860. De 1862 até 1885 exerceu o ofício de comissário de Terceiros do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Em 1872 era Custódio. Faleceu aos 23 de março de 1886, no Hospital da Penitência, no Largo da Carioca.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1340.
