Lente atual de Prima, europeu. No século se chamava Francisco Pires, natural e batizado na freguesia de São Salvador do lugar de Donai, bispado hoje de Bragança. Filho legítimo de Manuel Pires, natural e batizado na sobredita freguesia, e de sua mulher Maria Rodrigues, natural do lugar (de) Fornil, e batizada na freguesia de São Cláudio. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José de Jesus Maria Reis. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 23 de maio de 1779, sendo guardião Fr. José de Santa Úrsula Pacheco, e professou com este mesmo prelado e no mesmo convento aos 12 de setembro de 1780. Foi nomeado colegial para estudo de filosofia no capítulo celebrado aos 6 de outubro de 1781, sendo mestre Fr. Antônio de Santa Úrsula Rodovalho. Tomou Ordens Menores aos 22 e as de Epístola aos 23 de fevereiro de 1782. Com patente de Ministro Provincial Fr. José dos Anjos Passos, e lhas conferiu D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castello Branco, bispo do Rio de Janeiro. O mesmo Exmo. Sr. lhe deu as de Evangelho, por patente do mesmo prelado aos 15 de março de 1783. Foi ordenado Presbítero, com patente do sobredito Ministro Provincial, aos 5 de junho de 1784, e lhas conferiu o mesmo Exmo. Prelado. Foi nomeado passante na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786. Foi instituído pregador no capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787, porém, declarado por tal a 29 de novembro do dito ano. No mesmo capítulo foi nomeado lente de teologia. Entretanto, declarado lente de completas a 18 de fevereiro de 1788, em oposição que fez à cadeira de teologia. Foi eleito para encher a cadeira de prima, aos 12 de julho de 1788. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1789 foi instituído confessor de seculares. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 foi eleito lente de filosofia para o Estudo que no mesmo capítulo se determinou abrir no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 foi eleito lente de prima do mesmo curso. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 foi eleito segunda vez lente de filosofia para o Convento de São Francisco de São Paulo, para onde foi sem ter concluído o seu curso de teologia no convento do Rio de Janeiro. Tendo voltado para o convento do Rio de Janeiro, para se curar de uma grave enfermidade que o atacou na cidade de São Paulo, deu fim à sua carreira cheia de virtudes e letras na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, onde depois de receber os últimos Sacramentos com edificação de todos os Religiosos, deu alegremente a alma a Deus. Jaz no cemitério em que se enterram os Religiosos. Faleceu a 4 de março de 1802.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 969.