Pregador, europeu. No século se chamava Bernardo José Gouvea, natural do Porto e batizado na Sé da mesma cidade. Filho legítimo de Manuel de Gouvea, natural da Vila do Pombal, bispado de Coimbra e de sua mulher Antônia Teresa de Jesus, natural do Porto e batizada na Sé da mesma cidade. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Agostinho de São José. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá, aos 12 de junho de 1751. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. José dos Serafins Amorim, aos 25 de dezembro de 1752. Pelo Ministro Provincial Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá foi nomeado colegial para o estudo de filosofia do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo seu mestre Fr. Francisco de Santa Teresa. Com patente do referido Ministro Provincial Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro, em 2 de abril de 1757. Conferiu-lhe todas as ordens Dom Fr. Antônio do Desterro, Bispo da dita cidade. Saiu eleito pregador e confessor de seculares na congregação intermédia de 24 de julho de 1762. Nesta mesma congregação foi nomeado presidente do Convento de Santo Antônio de Santos, onde esteve alguns meses, porque vagou a presidência do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, por Ir. Fr. Manuel do Desterro, que ocupava aquele lugar, para procurador geral na Corte de Lisboa, e assim veio completar o seu tempo neste convento. Na congregação intermédia de 27 de julho de 1765 elegeram-no companheiro do porteiro do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, no capítulo de 27 de janeiro de 1770. No capítulo de 30 de janeiro de 1773 saiu eleito porteiro do referido convento do Rio de Janeiro. Em 1778 foi para o Convento de São Boaventura de Macacu, a fim de ser confessor dos noviços. E da congregação intermédia de 8 de maio de 1779 até o capítulo de 1781 serviu de companheiro do Comissário de Terceiros do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro Saiu eleito guardião do Convento de São Francisco, de Vitória, no capítulo de 6 de outubro de 1781. Na Congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora do Amparo, de São Sebastião. Tendo quatro meses incompletos de governo, faleceu no mesmo convento, aos 16 de junho de 1786, por causa de um apostema linfático que lançou pela boca. Apenas se confessou e se ungiu.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 799.
