Pregador, europeu. No século se chamava Antônio Moreira Oarcez, natural e batizado na freguesia de São Martinho de Lordelo de Ouro, bispado do Porto. Filho legítimo de José Moreira Garcez, natural e batizado na freguesia Matriz de Penafiel, e de sua mulher Joaquina Margarida Garcez, natural e batizada na sobredita freguesia e bispado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 11 de outubro de 1802. Fez profissão para frade do coro nas mãos do guardião Fr. Fernando Antônio de Santa Rita, no mesmo convento, aos 13 de outubro de 1803, sendo de idade de 24 para 25 anos e tomando por nome Fr. Antônio de São João Evangelista. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi admitido ao estudo no Convento de São Francisco da cidade de São Paulo. Com patente do Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça foi ordenado sacerdote em São Paulo, em 4 de junho de 1805. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810, foi instituído confessor de seculares e eleito pregador. Elegeram-no presidente do Convento de São Boaventura de Macacu na congregação intermédia de 20 de abril de 1816. Na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819 foi eleito guardião para o Convento de São Francisco da vila da Vitória. Renunciou este emprego, ao que parece em 1821. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 foi eleito porteiro do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro; não exerceu este emprego. Com licença Imperial achava-se em 1829 servindo o lugar de capelão de Pirassununga, distrito de Macacu. Sendo acometido das febres que assolavam aquele distrito, foi transportado para o hospital estabelecido no nosso Convento de Macacu, onde faleceu e foi sepultado. Santa Gertrudes, fls. 4 tem a data: 11 de março de 1829.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1192.