Pregador, brasiliense. No século se chamava Antônio de Pádua do Bom Jesus, natural e batizado na freguesia de Mapendy (Baependi), comarca do Rio das Mortes, Minas Gerais. Filho legítimo do capitão Domingos Teixeira Vilella, natural de Tâmega, vila e comarca de Chaves, arcebispado de Braga, e de sua mulher D. Ângela Isabel Nogueira do Prado. Foi aceito a Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação. Tomou o hábito no Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, sendo guardião Fr. Tomás de Santa Catarina, aos 25 de setembro de 1762. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 25 de dezembro de 1763. Foi ordenado Sacerdote na cidade do Rio de Janeiro, aos 8 de janeiro de 1769, pelo Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio do Desterro, bispo da dita cidade, com letras do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de São Francisco de São Paulo, sendo Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770) e lente Fr. Bernardino de Sena. Foi instituído confessor de seculares a 27 de julho de 1771. A 17 de julho de 1773 celebrou a primeira missa na modesta ermida levantada pelos moradores de Campinas (SP), ficando assim estabelecida a freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Campinas, dividida da freguesia de Jundiaí (SP). Elegeram-no pregador na congregação intermédia de 30 de julho de 1774. Nesse meio tempo continuou em Campinas, servindo de vigário da novel paróquia até 1777 inclusive. Foi eleito presidente do Convento de São Luís de Itu na congregação intermédia de 8 de maio de 1779. No capítulo celebrado aos 6 de outubro de 1781 nomearam-no porteiro deste mesmo convento. Foi eleito Comissário de Terceiros do Convento de São Luís de Itu no capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787. Saiu eleito presidente deste mesmo convento na congregação intermédia de 3 de março de 1792, e no capítulo celebrado aos 31 de agosto de 1793, guardião do mesmo convento, tendo servido no mesmo ano de presidente in capite. No Capítulo celebrado, aos 24 de setembro de 1796 recebeu o privilégio de uma guardiania, em atenção ao seu comportamento, e boa esmola que trouxe para o Convento de Santo Antônio de Santos, tirada em tão breve tempo. Munido com todos os Sacramentos faleceu no Convento de São Luís de Itu, onde lhe fizeram os sufrágios, em 5 de abril de 1805. No convento do Rio de Janeiro sua alma foi sufragada aos 31 de maio do mesmo ano.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1004.
