Ex-Leitor, brasiliense. No século se chamava Antônio das Neves Porto, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Vitória, capitania do Espírito Santo, bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de João de Barcellos Teixeira, e de sua mulher Faustina Borges de Aguiar, ambos naturais da sobredita freguesia e bispado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José de Jesus Maria Reis (1777-1780). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião o lr. Pregador Fr. José de Santa Úrsula Pacheco, aos 3 de outubro de 1788. Professou no mesmo convento com o mesmo guardião, aos 4 de outubro de 1779. Com patente do Ministro Provincial Fr. Fernando de São José Menezes (1784-1787), foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, a 24 de setembro de 1785, pelo bispo diocesano Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805). Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo Ministro Provincial Fr. Fernando de São José Menezes, e lente o Ex-Leitor de Prima Fr. Bernardino de Sena. No capítulo celebrado a 28 de agosto de 1790 foi instituído pregador e confessor de seculares. Foi nomeado passante para o estudo no Convento de São Francisco da cidade de São Paulo, na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795. Foi eleito missionário dos índios a 4 de dezembro de 1799. No capítulo celebrado a 2 de outubro de e 1802 saiu eleito guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté, mas alegando causas para renúncia desta guardiania, houve por bem o Reverendo Definitório aceitá-la e o Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805) o elegeu lente de teologia moral para o Convento de São Francisco de São Paulo, onde exercitou este emprego e defendeu um ato de conclusões públicas. Depois da congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi eleito pelo sobredito Ministro Provincial para lente de teologia moral do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, onde igualmente exercitou este emprego. Em 1808 foi mandado pelo Visitador Geral Fr. Joaquim da Santíssima Trindade Netto, visitar os conventos de Vitória, Penha e Cabo Frio. No Convento de N. P. São Francisco da vila da Vitória ficou exercendo o ofício de presidente in capite. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Renunciou à guardiania e foi aceita a renúncia. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 elegeram-no guardião do Convento de Nossa Senhora da Penha. Munido com todos os Sacramentos faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, a 20 de janeiro de 1821. Tinha 68 anos, pouco mais ou menos. Sua morte foi causada por uma diabetes consumada que havia muito padecia. Está sepultado na quadra em que se acham as sepulturas dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1130.
