Custódio, ex-leitor, ex-vigário provincial. No século se chamava Antônio Agostinho, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Candelária, da cidade do Rio de Janeiro. Filho legítimo de João Ferreira Lisboa, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora dos Mártires da cidade de Lisboa, e sua mulher Jerônima Inácia de Oliveira, natural e batizada na freguesia Nossa Senhora do Carmo, hoje Catedral de Mariana (MG). Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, aos 12 de junho de 1761. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 13 de junho de 1762. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação, tendo por lente Fr. Antônio da Anunciação. Foi ordenado Sacerdote a 8 de janeiro de 1769, com patente do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770), e lhe conferiu as Ordens o Exmo. Sr. D. Fr. Antônio do Desterro, OSB (1745-1773), 6º bispo da dita cidade. Saiu eleito pregador na congregação intermédia de 23 de julho de 1768. Foi nomeado passante para o estudo no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro na congregação intermédia de 30 de julho de 1774. Instituíram-no confessor de seculares a 13 de dezembro de 1777. Saiu eleito lente de teologia para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro na congregação intermédia de 8 de maio de 1779. Foi nomeado para explicar teologia moral aos Religiosos do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. Por mandato do Ministro Provincial Fr. José do Desterro (1787-1790), serviu de Visitador Delegado para o Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião. Saiu eleito guardião do Convento de Santo Antônio de Santos no capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 elegeram-no guardião do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, sendo reeleito para o mesmo emprego e convento na congregação intermédia de 24 de março de 1798. Saiu eleito em Custódio no capítulo celebrado em 28 de setembro de 1799. Foi Comissário de Terceiros do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, uma vez; de Paranaguá (PR), duas vezes (1789-1790); de Santa Catarina (Florianópolis), 2 vezes (1782-1785). Foi eleito guardião do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro no capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805, sendo confirmado na mesma guardiania na congregação intermédia a 11 de abril de 1807. No capítulo celebrado a 8 de outubro de 1808 saiu eleito Definidor. Pouco antes do mês sobredito e no mesmo ano se dignou S. A. R Dom João VI, o Príncipe Regente, nomeá-lo Examinador da Mesa de Consciência e Ordens, sendo já há dois anos Examinador do Bispado. No dia 11 de fevereiro de 1811 foi eleito Vigário Provincial pela renúncia que fez do provincialado o Exmo. Sr. Bispo eleito de Angola (África) Fr. Antônio de Santa Úrsula Rodovalho. A 14 de janeiro de 1813 foi eleito Custódio pela renúncia que fez deste emprego o Padre da Província Fr. Antônio da Vitória. Foi também no mesmo ano nomeado Censor Episcopal pelo Exmo. Sr. Bispo do Rio de Janeiro D. José Caetano da Silva Coutinho, Capelão-mor de S. A. Real. Atacado de uma indisposição de estômago faleceu inesperadamente, aos 10 de abril de 1814, na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, apenas com o Sacramento da Extrema-unção, tendo recebido 3 dias antes o da Eucaristia, por desobriga. Sua morte foi geralmente sentida por aqueles que apreciavam suas luzes, regularidade de costumes e zelo de Religião. Jaz na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1079.
