Loading...
Franciscano/a

  • Alt
    Identificador:
    11480
    Nombre:
    Fr. Adolfo Thoonsen, OFM (Gerardus Adolf Petrus Antonius Thoonsen)
    Sexo:
    Fecha de nacimiento:
    20/02/1877
    Fecha del fallecimiento:
    28/04/1960
    Lugar de nacimiento: Nijmegen, NL
    Lugar del fallecimiento: São João del-Rei, MG
    Estado eclesiástico:
    Notas Biográficas:

    IN MEMORIAM

     

    Frei Adolfo, desde sua infância, criado e formado em centros de grande cultura, como Nijmegen e Weert, junto com sua natural aptidão e inclinação para estudos, não podia deixar de corresponder ao bom preparo que teve. Dois anos de professor vieram proporcionar-lhe boa prática de ensino de humanidades. Os primeiros missionários, mandados para o Brasil, foram da elite do corpo docente do ginásio em que ele lecionava, a saber: - do ginásio Santo Antônio de Megen, seminário Seráfico da Província Neerlandesa.

    O ambiente da alta cultura de Ouro Preto os recebia com sua reconhecida hospitalidade e gentileza. Era e ainda é um centro de grande veneração pela ciência e particularmente pela pureza da língua de Camões. Frei Adolfo foi um discípulo muito grato das muitas relações cultas da antiga capital de Minas. Sua prosa agradava a todos, e em pouco tempo adquiriu uma grande roda de literatos. Suas amizades não eram superficiais ou interessadas, mais reais e permanentes. Até à última hora da sua vida mantinha correspondência muito grande através de longas cartas. Vivia e convivia com seus amigos até morrer.

    Frei Adolfo não era idealista no seu ministério de sacerdote. Desconfiava de projetos, promessas e compromissos de realizações. No entanto, confiava muito nas suas palavras, do púlpito e escritas. Tinha realmente visos nos problemas, escrevia e traduzia obras de muita atualidade. Deixou uma obra de tradução de grande valor, como a História Sagrada de Dr. Jos. Keulers, infelizmente um tanto antiquada pela demora da publicação planejada, e escrita em estilo, embora clássico, não mais usado. As oposições financeiras, particularmente dos clichês, influíram tanto no retardamento da edição que frei Adolfo não teve a satisfação de ver seu trabalho sair ao lume de publicação. Mas se alguma empresa quisesse editá-la, seria um lucro para nosso mercado de livros, e uma bênção para seus leitores, porque realmente, a obra representa uma grande riqueza espiritual e educativa.

    Frei Adolfo colaborou em muitas revistas, jornais e periódicos. Sempre o mesmo: estilo corrente, assuntos atuais, francos e práticos. No seu ministério de sacerdote, porém, jamais teve a avançada que lhe era própria no campo da pena. Não se sentia bem no mundo material que preferia ver entregue a outros. Era muito crítico. E como jamais se entregou com entusiasmo à construção material, não conhecia bem a luta nesse setor, o que causava às vezes atritos com operários, colegas e confrades, chamados para tarefas materiais.

    Mas seu grande coração os ajudava com sua pena, e assim auxiliou muito as obras de vocações sacerdotais, com seu talento de pena fluente.

    Os muitos e múltiplos dotes de frei Adolfo foram o motivo de suas variadas transferências, de acordo com as exigências emergentes no tempo do Comissariado e da formação da Província. Atestam-no os lugares onde morou: Ouro Preto, Niterói, Teófilo Otoni, Belo Horizonte, S. João del Rei (quatro vezes), Cascadura (três vezes), Corinto (quatro vezes), Monte Belo, Cordisburgo, Barra Mansa, Pelotas, Cabo Verde, Pirapora e Peçanha. Por toda parte travava muitas amizades.

    Era o querido padre, chamado para auxiliar, pregar retiros e festas dos vigários e religiosos. Era um grande admirador do Brasil, que conhecia de norte a sul, de leste a oeste.

    Era afinal um ótimo confrade. Para receber bem os seus irmãos de hábito não havia igual. Muito hospitaleiro, muito dado e muito previdente, muito desaprendido da terra, punha-lhes à disposição tudo quanto tinha, especialmente livros. Particularmente para seus confrades novos, era um conselheiro de muita experiência e dedicado amigo. Todos gostavam de ouví-lo falar e contar do passado e sobre o futuro.

    Muitos penitentes guardam dele os conselhos, a direção espiritual, e lhe agradecem suas conversões.

    Nosso Senhor, por intercessão de N. Senhora, à qual dedicava muita devoção, ter-lhe-á concedido a paz eterna por sua cansativa carreira sacerdotal, que tinha por devisa: "Ide e pregai

    Frei Adolfo nasceu na cidade de Nijmegen, a 20 de fevereiro de 1877, fez os estudos ginasiais no seminário menor dos Dominicanos, na sua cidade natal, e tomou o hábito franciscano no convento de Weert, aos 3 de outubro de 1895. Ordenado sacerdote a 9 de março de 1902, lecionou durante dois anos no ginásio Santo Antônio (seminário seráfico) de Megen. Chegou ao Brasil a 18 de outubro de 1904.

    O seu primeiro lugar foi Ouro Preto, onde a 7 de agosto de 1905 já foi nomeado vigário e superior. A 14 de outubro de 1910 foi transferido como assistente para Niterói, e ano e meio depois passou a ser capelão da S.Casa em Cascadura. Durante outro ano e meio foi redator do jornal "A Família" em Teófilo Otoni (4-1-13 a 3-5-14), e passadas as férias na Holanda, foi encarregado da nova paróquia de Barro Preto em Belo Horizonte. Em junho de 1916, o Comissariado desistiu da paróquia de Barro Preto, e frei Adolfo foi a S. João, onde pregou a novena do Sagrado Coração. Em princípios de outubro de 1916 foi nomeado vigário de Manhuassú, mas, já. a 5 de junho de 1917, foi transferido como vigário para Cascadura, onde também era cooperador da Terra Santa. A 22 de julho de 1920 passou a dirigir a paróquia de Curralinho. Em fins de 1923, o então bispo de Guaxupé pediu ao Pe. Comissário, frei Paulo, alguns padres que pregassem missões em toda a sua diocese. Um deles foi frei Adolfo, que para esse fim foi residir, durante mais de um ano (de 1-11-23 a 29-1-25), na casa paroquial de Monte Belo. Segue então um ano de professorado em S.João del Rei, três meses de coadjutor em Cordisburgo, e outra vez um período de missões. Em junho de 1926 volta frei Adolfo para S.João, como professor, mas no mês de novembro do mesmo ano é transferido para Cascadura, como assistente. Um ano depois, vai fazer uma estação de repouso em Santos e S.Francisco do Sul (29-19-27 a 5-8-28), voltando depois para Cascadura, até 29 de novembro de 1928. Em seguida, substitui, durante meio ano, o vigário de Barra Mansa, e vai gozar então as segundas férias na Holanda.

    Seguem dois anos de coadjutor em Corinto, e outros dois em Cascadura. De julho a agosto passa outra vez em Corinto, e então toma o rumo do sul, onde deve substituir o vigário da nossa paróquia em Pelotas (11-10-33 a 6-6-34). Torna a ver Corinto durante uns três meses, e volta em seguida como coadjutor para Cascadura, em setembro de 1934.É nessa época que frei Adolfo se mete à empresa tão pesada de traduzir a História Sagrada de Keulers. Em 1947 e 1948, Cabo Verde e Pirapora recebem frei Adolfo como coadjutor, respectivamente, e em fins de 1948 vem a nomeação para capelão do Hospital em Peçanha, onde fica até março de 1950. Então, volta frei Adolfo para S.João del Rei, que será a sua última morada nesta terra. É aí que, a 28 de abril deste ano, a sua carreira tão movimentada encontrou o seu termo. - R.I.P.

    Por Frei Zacarias van der Hoeven

    Fonte: Revista dos Franciscanos da Província Santa Cruz, 1960, p. 82 a 84.

Configuraciones Institucionales relacionadas
cómo citar este contenido
SATLER, Fabiano Aguilar. Fr. Adolfo Thoonsen, OFM (Gerardus Adolf Petrus Antonius Thoonsen). Red Internacional de Estudios Franciscanos en Brasil. Disponible en: http://riefbr.net.br/es/content/fr-adolfo-thoonsen-ofm-gerardus-adolf-petrus-antonius-thoonsen. Accedido en: 19/01/2025.