Pregador, Ex-Custódio e Ex-Ministro Provincial. Natural de Carvalhosa, termo da cidade de Lisboa, abraçou a vida religiosa na Província de Santo Antônio de Portugal. No capítulo celebrado no Convento de Santo Antônio de Penela em 1593, saiu eleito Custódio dos conventos fundados no Brasil. Governou 3 anos, acabando em 1596. Tendo regressado a Portugal, tornou a ser constituído Custódio na congregação intermediária de 1605, celebrada em Santo Antônio de Lisboa. Chegou ao Brasil a 14 de julho de 1606. Na junta celebrada em Olinda a 28 de outubro do mesmo ano, aceitou-se definitivamente a fundação no Rio de Janeiro. Embarcou para o sul, trazendo em sua companhia 4 religiosos, e chegou ao Rio a 20 de fevereiro de 1607. Examinou os chãos oferecidos e doados em 1592 e, achando-os pouco apropriados, optou pelo monte do Carmo, que passou a chamar-se morro de Santo Antônio. Lavrou-se a carta de doação a 19 de abril de 1607. Tendo instalado os religiosos em recolhimento provisório, voltou ao norte para estar novamente no Rio quando em 4 de junho de 1608 se lançou a primeira pedra no Convento de Santo Antônio. Acabou de Custódio em 1609 e retirou-se para a Província em Portugal. Lá premiaram os seus merecimentos, elegendo-o Ministro Provincial no capítulo de 14 de janeiro de 1617. Terminado o triênio em 1620 e, sendo morador no Convento de Santo Antônio de Lisboa, completou o curso da vida, deixando suave memória de religioso de virtude, prudente superior e perfeita norma de prelado dos regulares.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 014.
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Na referência bibliográfica Livro de Óbitos da Província de Sto. Antônio - 1584-1957, de Fr. Menandro Rutten, tem a seguinte descrição:
Frade sacerdote, natural de Carvalhosa. Em 1593 foi eleito segundo custódio, outra vez em 1605. Aceitou três novos conventos: Rio de Janeiro, Recife e Ipojuca. Faleceu em Lisboa, dia 22 de janeiro, depois do ano de 1620.