Irmão leigo. Natural de Ponte de Lima, arcebispado de Braga, passou a Pernambuco pelos anos de 1625, com comissão e trato de mercador. Assistiu com este negócio na vila de Olinda até o ano de 1630, em que esta passou no domínio dos holandeses. Retirou-se para a capitania do Espírito Santo. Movido de superior impulso pediu o hábito no Convento de São Francisco de Vitória pelos anos de 1633. Com poucos de profissão foi mudado para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Em fins de 1638 foi destacado para ser um dos sete religiosos fundadores do Convento de São Francisco, de São Paulo, onde chegaram a 5 de janeiro de 1640. Ficou em São Paulo uns vinte anos, servindo de porteiro e refeitorário. Suas muitas virtudes lhe granjearam a alcunha: O Santinho. Era de muita oração e caridade para com pobres que acudiam à portaria do convento. Não comia peixe nem carne e do sua ordinária comida umas sopas de farinha de guerra (mandioca). Gozava do dom de Deus de reconciliar inimigos: interveio com feliz êxito na guerra civil que ardia entre os paulistas (Pires e Camargos). Pelo ano de 1660 foi transferido para os conventos do norte. Chegando lá teve a satisfação de encontrar o dinheiro que havia enterrado na invasão dos holandeses e restituí-lo aos donos, por tratar-se de somas recebidas em comissão para negócios. Por último foi morador no Convento de Nossa Senhora das Neves, de Olinda. E lá faleceu de uma doença contagiosa chamada «bicha», aos 25 de fevereiro de 1686. Quebrando a praxe de não pôr epitáfio, assinalaram-lhe a sepultura com uma pequena pedra tendo este letreiro: Sepultura do Servo de Deus Fr. José de Santo Antônio. Padre Nosso.
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Frade leigo, natural de Ponte de Lima. Foi muito tempo porteiro no convento de São Paulo. Faleceu no Convento de Olinda, no dia 25 de fevereiro de 1686, de uma doença contagiosa chamado “bicha”.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 143.
