Irmão leigo. Nasceu no lugar de Mondaes (Mondrões?), termo de Vila Real. Portugal. Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, onde professou no dia 1º de maio de 1658. Como era de pequena estatura, chamavam-no Fr. Estevinho. Foi morador no Convento de São Francisco, de São Paulo e depois no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Confiaram-lhe os prelados o cuidado dos religiosos enfermos, ofício que exerceu por 29 anos com muito zelo e caridade. Quando lhe sobrava tempo, trabalhava de alfaiate, arte que havia aprendido no século. Chegada a noite, estando os enfermos em silêncio e não havendo algum caso crítico, saía para a igreja, onde gastava quatro horas em suas devoções e principalmente na oração mental. Era muito venerado pelos moradores do Rio de Janeiro, que se recomendavam às suas orações dizendo serem elas de muita eficácia. Predisse a sua morte: indo fazer a barba na barbearia, despediu-se dos religiosos aí presentes com as palavras: «Adeus, que vou morrer. E este lenço mostrando um que tinha nas mãos — para me cobrirem o rosto». E assim sucedeu. Adoecendo logo, recebeu todos os sacramentos com a mesma devoção e reverência de sempre e passou à melhor vida entre as 8 e 9 horas do dia oitavo de Santo Estêvão, 2 de janeiro de 1687.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 144.