Irmão leigo. Tomou o hábito no Convento de São Francisco, de Vitória, a 19 de março de 1654. Era muito humilde, orava muito, comia e dormia pouco. Grande penitente e rigoroso para si mesmo, mostrava-se muito caritativo para com seus irmãos de hábito e próximos. Deu-lhe o Senhor conhecimento de algumas coisas futuras. Falando com Deus, no tempo em que se descobriram as Minas, exclamou dizendo: Ah! meu Deus, com ouro nos quereis castigar! Com ouro nos quereis castigar! E quando repetia isso, era com os olhos banhados em lágrimas, chorando as perseguições do mesmo Estado. Viveu muitos anos no Convento de São Francisco, de São Paulo. Faleceu no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, em 1704. Os objetos de seu uso repartiram os religiosos entre si: umas contas porque rezava, cilício com que se cingia, disciplina com que açoita, dedal, agulhas, alguns remendos e esses muito poucos. Tal era a riqueza deste verdadeiro filho de São Francisco.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 199.