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Profundamente consternados ficaram todos os filhos da Província da Imaculada Conceição, quando receberam a notícia do passamento do bondoso Frei Xisto Meiwes. A todos parecia que um pai querido tinha sido tirado de seu meio. Na verdade, foi duplamente pai da Província, pois, juntamente com o futuro bispo Dom Frei Amando Bahlmann (+1939) foi ele, em 1891, o pioneiro e primeiro missionário a vir ao Brasil para restaurar a Província da Imaculada, reduzida a um único frade; e também, em anos de vida, foi o mais idoso entre os confrades. Por isso gostava de chamá-los de "filho". Em troca, era apelidado de "paizinho". Teve na verdade uma alma infantil, tanto quanto, uma pessoa consagrada a Deus, pode ter. Este espírito harmonizava profundamente com sua vida de fé, e foi para ele e para os coirmãos fonte de pura e permanente alegria. Um autêntico westfaliano, e ao mesmo tempo uma alma de Nataniel, sem qualquer falsidade. Nasceu Frei Xisto em Hagen, perto de Delbrück, Alemanha, a 1 de fevereiro de 1853, e tendo sido na juventude, lavrador na herdade dos pais, só mais tarde, pelos 25 anos, iniciou os estudos eclesiásticos. No dia 19 de outubro de 1880 recebeu o burel franciscano e foi ordenado sacerdote já com 36 anos de idade. Em Teresópolis (atual Vila Teresópolis, SC) primeira residência e paróquia aceitas pelos restauradores, onde eles chegaram numa sexta-feira, dia 10 de julho de 1891, às 19 horas, atuou por alguns anos como superior e pároco, de preferência entre colonos de origem alemã, e mais tarde, na mesma qualidade em Santo Amaro do Cubatão (agora: Santo Amaro da Imperatriz, SC). Esteve por um ano em Curitiba, PR, como superior, e ali visitou diligentemente as paróquias de Tamandaré, Piraquara e Campina Grande, confiadas aos cuidados da casa. Por uma série de anos desempenhou em Blumenau, SC, o cargo de vigário conventual e formador dos irmãos religiosos leigos. Em relação aos superiores muito mais jovens do que ele, exerceu benéfica influência nesta grande comunidade, sobretudo pelo seu bom exemplo, índole alegre e humilde obediência. Apreciava muito brincadeiras inocentes; era o primeiro a rir gostosamente quando era ele mesmo a vítima de uma piada. Por três anos fez parte como definidor do primeiro governo da Província, restaurada a 14 de setembro de 1901. Gozando geralmente de boa saúde teve, no entanto, que suportar até a velhice, incômodas varizes nas pernas. Em maio de 1926, estando sediado em Angelina, SC, foi acometido por grave enfermidade que exigiu sua remoção para o hospital de Florianópolis, SC. Nesta última doença deu ainda mais uma vez o exemplo de filial obediência e afeição. Ao receber a visita do Padre Provincial Frei Celso Dreiling, 1926-1932, pediu, o ancião de 73 anos, beijar-lhe as mãos. Morreu como viveu, sempre e em toda a parte um autêntico filho de São Francisco. O desenlace deu-se no dia 28 de agosto de 1926. Foi sepultado em Santo Amaro.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 107.