Pregador, europeu. No século se chamava Vicente José Barboza, natural e batizado na Sé da cidade do Porto, filho legítimo de Manuel José, natural e batizado na freguesia de São Martinho do Frazão do lugar chamado o Carvalho, bispado do Porto, e de sua mulher Ana Maria de Jesus, natural e batizada na freguesia de Nossa Senhora da Campanha do lugar chamado a Lameira, extramuros da dita cidade do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. José das Neves, aos 15 de janeiro de 1761. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, aos 20 de janeiro de 1762. Foi ordenado Presbítero na cidade do Rio de Janeiro, aos 25 de janeiro de 1766, com patente do Ministro Provincial Fr. Inácio da Graça, e lhe conferiu as Ordens D. Fr. Antônio do Desterro, Bispo da dita cidade. Entrou no estudo de filosofia do Convento de São Francisco de São Paulo, por ordem do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770), sendo Mestre Fr. Bernardino de Sena. Na congregação intermédia de 30 de julho de 1774, saiu eleito pregador e confessor de seculares. Serviu de organista em vários conventos, porém, o mais do tempo foi no Convento de São Francisco de São Paulo. Tinha a alcunha de: o organista de orelha. No capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787 foi eleito presidente do Convento de São Francisco de São Paulo, sendo confirmado neste lugar e convento na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1789. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 foi eleito porteiro do sobredito convento. Veio mudado para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, onde chegou a 20 de novembro de 1795. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796, atendendo-se aos seus anos de hábito e serviços, lhe concedeu a Mesa do Definitório e Discritório o privilégio de uma guardiania. No capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. A 28 de março de 1802 deu a alma a Deus na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, tendo recebido os últimos Sacramentos. Jaz sepultado na quadra em que se enterram os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 977.
