Ex-Leitor, Padre da Província, europeu. No século se chamava Teotônio Rebello, natural e batizado na freguesia de Vila Cova, bispado de Lamego. Filho natural de Antônio Rebello de Figueiredo Castello Branco, natural do lugar Vilamião, e de Maria de Azevedo, natural da freguesia de Vila Cova. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José de Jesus Maria Reis (1777-1780). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio de Vai de Piedade, extramuros da cidade do Porto, aos 5 de maio de 1779. Apresentou-se para ter o noviciado no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 8 de agosto do mesmo ano, sendo guardião o Pregador Fr. José de Santa Úrsula Pacheco. Professou com este prelado e no mesmo convento, aos 12 de setembro de 1780. Esteve no estudo de filosofia no capítulo de 6 de outubro de 1781, sendo Mestre o Ex-Leitor de teologia Fr. Antônio de Santa Ursula Rodovalho. Com patente do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos Passos (1781-1784), foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, aos 5 de junho de 1784. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7º bispo da dita cidade. Foi instituído pregador no capítulo celebrado a 25 de agosto de 1784, mas declarado por tal a 29 de novembro do dito ano. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1789 foi nomeado porteiro do Convento de Nossa Senhora da Penha, e juntamente instituído confessor de seculares. Tornou a ser eleito porteiro deste mesmo convento no capítulo celebrado aos 28 de agosto de 1790. Foi nomeado passante para o estudo que se determinou abrir no capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 foi mudado para o Convento de N. P. São Francisco da cidade de São Paulo, para aí continuar a passantaria. Voltou para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, para ser provido na cadeira da Noa, do mesmo curso que tinha passanteado antes de para São Paulo. Foi nomeado lente em Mesa particular em novembro de 1798. Acompanhou ao Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799) na visita aos conventos do Norte. Foi eleito Secretário da visita geral 3 dias antes da celebração do capítulo de 1799, por demissão do que até ali tinha sido Secretário. Neste mesmo capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 saiu eleito guardião do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, No ano de 1802 serviu de presidente in capite do Convento de São Francisco da vila da Vitória. Elegeram-no guardião deste mesmo convento no capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802. No capítulo celebrado a 8 de outubro de 1808 foi eleito guardião do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha; mas por troca com o guardião eleito para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro Fr. João dos Anjos, ficou exercendo o dito ofício no Convento de Santo Antônio do Rio, sendo confirmado nesta guardiania na congregação intermédia de 14 de abril de 1810. Aos 19 de janeiro de 1811 foi declarado Padre da Província por Breve do Exmo. Sr. Núncio Apostólico. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 saiu eleito Definidor da Mesa. Faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 25 de setembro de 1823, recebendo apressadamente o Sacramento da Unção, tendo em outra ocasião de grande perigo recebido todos os Sacramentos, de cujo ataque melhorou. Jaz em uma das sepulturas da quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1147.
