Lente, europeu No século se chamava Martinho Luís Guerreiro. Filho legítimo de João Lourenço Guerreiro e de sua mulher Maria Lourença, todos naturais e batizados na freguesia de São Martinho do lugar de Lanhelas, termo de Caminha, comarca de Valença e Arcebispado de Braga. Foi aceito à Ordem pelo. Ministro Provincial Fr. Francisco das Chagas. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. Manuel da Encarnação, nos 12 de junho de 1713. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. Antônio de Santa Clara, aos 14 de junho de 1744. Na congregação intermédia de 21 de janeiro de 1750 foi nomeado colegial do estudo de filosofia que no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro leu Fr. Antônio de São José Guerra. Com patente do Ministro Provincial Fr. Agostinho de São José foi ordenado sacerdote, em 23 de abril de 1750. Conferiu-lhe as Ordens Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB, bispo do Rio de Janeiro. Saiu eleito pregador e confessor de seculares na congregação intermédia de 27 de julho de 1765. Foi passante do estudo de filosofia que no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro leu Fr. José de Santa Maria Mascarenhas. Na congregação intermédia de 27 de julho de 1771 foi nomeado lente de teologia, a qual ensinou aos religiosos e estudantes seculares. Por delegação do visitador geral Fr. Francisco de São José, em 1775 fez a visita aos conventos da capitania do Espírito Santo (Vitória e Penha) e ao de Cabo Frio. Nas eleições capitulares de 13 de dezembro de 1777 saiu eleito guardião do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Governou esta casa até a congregação intermédia de 8 de maio de 1779. Foi nomeado visitador geral da Província por Breve do Núncio Apostólico de Portugal, passando aos 11 de novembro de 1778. Tomou posse deste emprego em 9 de maio de 1780. Mas, depois de ter visitado a Província, não celebrou capítulo, porque este foi sustado pelo vice-rei do Estado (Luís de Vasconcellos de Souza) por uma carta sua de 10 de novembro de 1780. Renunciando Fr. Fernando de Santa Rita o lugar de guardião do Convento de Santo Antônio de Santos, foi eleito para este mesmo emprego, aos 14 de junho de 1791. Foi nomeado Comissário de Terceiros do mesmo convento na congregação intermédia de 3 de março de 1792. De Santos voltou para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, com obediência do visitador geral Fr. Manuel da Natividade Teixeira. Sendo atacado de uma cruel lepra, em breve tempo foi dela consumido. Tendo recebido todos os sacramentos, faleceu em 25 de maio de 1795, na residência (isolamento) do monte (Morro de Santo Antônio), destinada para os males contagiosos. Jaz no sepulcro dos religiosos que morrem no dito convento.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 896.
