Lente Jubilado, pregador Régio, brasiliense. No século se chamava Marcelino Antônio da Silva Bueno, natural e batizado na freguesia (de Nossa Senhora do Rosário) da vila de Santos, bispado de São Paulo. Filho legítimo do capitão Antônio Manuel Fernandes da Silva, natural e batizado na Aldeia de Veigas, bispado de Bragança, e de sua (mulher D. Josefa Ferreira da Conceição, natural e batizada na sobredita freguesia, de Santos e bispado de São Paulo. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799). Tomou o hábito no Convento de N. P. São Francisco da cidade de São Paulo, aos 23 de maio de 1799, sendo guardião o Pregador Fr. Antônio de Sant’Ana Galvão. Tendo já alguns meses de noviciado o mandou buscar para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, o Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1799-1802), onde completou o ano de noviciado. Neste convento do Rio de Janeiro professou, sendo guardião o Ex-definidor Fr. Inácio da Anunciação, aos 7 de junho de 1800, sendo de 17 anos incompletos, e tomando por nome Fr. Marcelino de Santa Matildes. Entrou no estudo de filosofia neste mesmo Convento de Santo Antônio, já aberto no capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799. Saiu eleito pregador no capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 foi eleito Passante para o Colégio (estudo) do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808), foi ordenado Sacerdote em São Paulo, aos 10 de maio de 1807, pelo bispo de São Paulo, o Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira. Como na sobredita congregação de 11 de abril de 1807 foram geralmente nomeados confessores todos os Sacerdotes que se mostrassem hábeis por seus exames, e este Religioso, tomando logo a ordem Sacerdotal, foi incluído naquela nomeação, e deram-lhe a patente de confessor. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi eleito lente de teologia dogmática do seminário episcopal de São José, o qual emprego já exercitava havia um mês, tendo-o pedido o Exmo. Sr. bispo Dom José Caetano da Silva Coutinho (1806-1833). Por carta Régia de 26 de junho de 1812 foi Sua Alteza Real (D. João VI) servido nomeá-lo Pregador Régio. Foi também nomeado teólogo da Nunciatura e examinador da Mesa de Consciência e Ordens. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi declarado lente Jubilado, por ter enchido o tempo da lei. Em setembro de 1818 alcançou do Exmo. Sr. Núncio Apostólico Marafoschi um Breve de Protonotário Apostólico. Por Breve de Sua Santidade o Papa Pio VII passou para o clero secular do bispado de São Paulo, em dezembro de 1823. Como motivos deste passo alegou na justificação: «há falta de sacerdotes idôneos, máxime para o munus paroquial, e o impetrante tem todas as qualidades, e precisa amparar a mãe». Nota: É de sua lavra o catálogo da biblioteca do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, ainda existente. Informação particular.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1146.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1833.
