Pregador, europeu. No século se chamava Manuel da Silva Rebello (var. Regelho), natural e batizado na freguesia de São Salvador da Ilha do Faial, bispado de Angra. Filho legítimo de Antônio Silveira de Ávila, natural e batizado na freguesia de Feiteira, e de sua mulher Inácia Francisca, natural e batizada na sobredita freguesia de São Salvador. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa (1790-1793). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 30 de maio de 1792 sendo guardião Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro. Professou no mesmo convento nas mãos do mesmo guardião, aos 31 de maio de 1793. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo mestre o Ex-Leitor de Prima Fr. Francisco da Candelária, eleito no capítulo celebrado aos 31 de agosto de 1793. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799), foi ordenado Sacerdote no dia 1º de abril de 1797, no Rio de Janeiro, conferindo-lhe as Ordens o Exmo. Sr. D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7º bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 saiu eleito pregador e confessor de seculares. A 12 de agosto de 1798, por petição do general D. Diogo de Souza, Governador do Maranhão, acompanhou este magistrado para a dita capitania, em qualidade de seu Capelão. Recolheu-se à Província no ano de 1801. Em 1802 foi para Comissário de Terceiros da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis). Exercia este ofício em 1803, quando se deu princípio à construção da atual igreja de São Francisco, desta mesma cidade. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 foi eleito presidente do Convento de Santo Antônio de Santos: mas não veio exercer este ofício, nem o de presidente do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, para o qual foi eleito no capítulo celebrado a 8 de outubro de 1808. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 saiu eleito presidente do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 elegeram-no guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), e juntamente Comissário de Terceiros, deste mesmo convento. No mês de outubro de 1814 apresentou um Breve de secularização passado pelo Exmo. Sr. Núncio Apostólico, e se despediu da Ordem.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1087.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1814.
