Confessor, europeu. No século se chamava Manuel Caetano Ribeiro, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora dos Mártires da Corte de Lisboa. Filho legítimo de Manuel Caetano Ribeiro e de sua mulher Gerarda Maria de Jesus, ambos naturais e batizados na sobredita freguesia. Foi aceito a Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação. Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 11 de fevereiro de 1762, sendo guardião Fr. Antônio de Jesus Maria Claro. Por ordem do mesmo Ministro foi continuar o noviciado no Convento de São Boaventura de Macacu, onde se apresentou aos 13 de fevereiro, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues. Com este prelado e no mesmo Convento de Macacu professou aos 12 de fevereiro de 1763. Foi ordenado sacerdote na cidade do Rio de Janeiro em 1774, com patente do Ministro Provincial Fr. Cosme de Santo Antônio, e lhe conferiu as Ordens Dom Fr. Manuel da ressurreição, bispo de São Paulo, quando passou pelo Rio de Janeiro, para tomar posse do seu bispado. No Capítulo celebrado a 13 de dezembro de 1777 foi ser presidente no Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). No Capítulo celebrado a 21 de agosto de 1781 nomearam-no presidente do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Não teve, porém, exercício, porque, sendo daí mandado à esmola a São Paulo, de lá escreveu ao Ministro Provincial pedindo-lhe escusa da presidência, que lhe foi concedida. Na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786 foi eleito presidente do Convento de São Luís de Itu. Não exerceu o ofício, por ser enviado pelo seu guardião a esmolar. No Capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787 foi eleito confessor de seculares e presidente do Convento de São Luís de Itu. Também não exerceu nesta ocasião o ofício de presidente, pois alegando moléstias, se lhe aceitou a renúncia que dele fez. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795 saiu eleito presidente do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. No Capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 foi eleito presidente do Convento de Santo Antônio de Santos. Exerceu este ministério, porém, no Convento de Santa Clara de Taubaté. Alegando moléstia veio para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro e nele serviu de enfermeiro-mor. No Capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 elegeram-no superior da Aldeia de Nossa Senhora da Escada. Ficou confirmado na mesma Aldeia na congregação intermédia de 28 de março de 1801. Sendo atual superior desta mesma Aldeia, faleceu no Convento de São Francisco de São Paulo, depois de ter recebido todos os sacramentos. Fizeram-lhe os sufrágios no Convento de Santo Antônio de Santos, em 26 de agosto de 1801, e no convento do Rio de Janeiro, a 11 de dezembro do mesmo ano.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 959.
