Confessor, Ex-Definidor, Brasiliense. No século se chamava Manuel Rodrigues Belmut, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Vitória, cabeça da Província do Espírito Santo, bispado do Rio de Janeiro; filho legítimo de Manuel Rodrigues Belmut, e de sua mulher Maria Rodrigues da Rocha, ambos naturais e batizados na sobredita freguesia e bispado. Recebeu Ordens Menores, quando estava no século. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro (1818-1821). Tomou o hábito para frade do coro, aos 16 de setembro de 1820, no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo guardião Fr. João Nepomuceno Valladares. Professou na mesma casa e mãos do mesmo guardião, aos 17 de setembro de 1821. Com patente do Vigário Provincial Fr. Antônio de Santa Mafalda (1823-1825), ordenou-se de sacerdote em 3 de abril de 1824. Conferiu-lhe todas as Ordens Maiores o Exmo. Senhor Dom José Caetano da Silva, Coutinho (1806-1833), 8° bispo do Rio de Janeiro. Foi instituído confessor de seculares pelo Ministro Provincial Fr. João de Parma (1825-1828). No capítulo celebrado a 9 de agosto de 1828 saiu eleito presidente do convento de São Boaventura da vila de Macacu. Na congregação intermédia de 13 de fevereiro de 1830 foi nomeado presidente do convento de Santo Antônio em Santos, o qual emprego aceitou espontaneamente por desejos que tinha de se retirar do convento da Corte (Rio de Janeiro), e tem exercido com satisfação, pelo testemunho do mesmo guardião daquele convento. No capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831 elegeram-no guardião e comissário de Terceiros para o convento de São Francisco na cidade da Vitória. Na congregação intermédia de 23 de fevereiro de 1833 foi eleito vicecomissário de Terceiros do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, o qual emprego não quis exercer por motivos de enfermidade. No ano de 1834 foi nomeado pelo lr. Visitador Geral Fr. João de Santo Aleixo presidente im capite do convento de Santo Antônio de Santos. No capítulo celebrado a 23 de agosto de 1834 foi eleito guardião do convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião, sendo confirmado nesta mesma guardiania na congregação intermédia de 27 de fevereiro de 1836. No capítulo celebrado aos 7 de abril de 1838 saiu eleito Definidor da Mesa. No capítulo celebrado a 24 de abril de 1841 foi eleito guardião do convento da Senhora dos Anjos em Cabo Frio, sendo confirmado nesta mesma guardiania na congregação intermédia de 31 de outubro de 1842. No capítulo celebrado a 30 de outubro de 1847 saiu eleito guardião do convento da Senhora do Amparo em São Sebastião; renunciou logo. Aos 6 de dezembro foi eleito guardião do convento de Nossa Senhora dos Anjos em Cabo Frio, sendo confirmado nesta mesma guardiania na congregação intermédia de 22 de maio de 1849. Munido unicamente com o sacramento da Unção, faleceu no convento de Cabo Frio, segundo o Elenco, aos 7 de agosto de 1849. Fizeram-lhe os sufrágios no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, em 16 de agosto de 1849.
Nota: Belmut, ocorre também Belmiid, sendo a grafia exata deste sobrenome inglês: Belmouth.
Na referência bibliográfica "Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império", de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1282.
