Pregador, ex-definidor, europeu. No século se chamava Manuel da Costa Mourão, natural e batizado na freguesia de Santa Maria de Esmoriz, comarca da Feira, bispado do Porto. Filho legítimo de Manuel Gomes Ribeiro da Costa, natural e batizado na mesma freguesia de Esmoriz, e de sua mulher Dorothea da Costa, natural e batizada na freguesia de Santa Marinha de Cortegaça, do bispado do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá (1754-1757). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. Antônio de São Vicente Ferrer, aos 12 de junho de 1756. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. Manuel de Santa Clara, aos 13 de junho de 1757. Entrou no estudo de filosofia no Convento de São Francisco de São Paulo, por mandato do Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação (1757-1761), sendo mestre o Ex-Leitor de teologia Fr. Manuel de São Boaventura. Entretanto, a teologia a teve no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, por vir o estudo de São Paulo para o dito convento. Foi ordenado Sacerdote em São Paulo, a 24 de maio de 1701, e lhe conferiu as Ordens o Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, OFM, bispo da dita cidade, com patente do Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1701-1764). Saiu nomeado pregador no capítulo celebrado aos 28 de janeiro de 1764. Na congregação intermédia de 23 de julho de 1768 foi eleito confessor de seculares, e juntamente presidente do Convento de Santo Antônio de Santos. Nomearam-no presidente do Convento de São Francisco de Vitória na congregação intermédia de 27 de julho de 1771. No capítulo celebrado a 30 de janeiro de 1773 foi nomeado porteiro do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. Serviu de sacristão-mor do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, alguns anos. No capítulo celebrado a 6 de outubro de 1781 foi nomeado missionário ficando com o mesmo ministério na congregação intermédia de 22 de fevereiro de 1783. No capítulo celebrado a 21 de agosto de 1784, saiu eleito Comissário de Terceiros do Convento de São Boaventura de Macacu. Na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786 elegeram-no guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. No capítulo celebrado aos 25 de agosto de 1787 foi eleito Comissário de Terceiros para o Convento de São Boaventura de Macacu. Neste mesmo lugar e convento ficou confirmado na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1789, bem como no capítulo celebrado aos 28 de agosto de 1790. Na congregação intermédia de 3 de março de 1792 saiu eleito guardião do sobredito convento. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião; exercendo juntamente o cargo de Comissário de Terceiros pela grande falta de Religiosos. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 elegeram-no Comissário de Terceiros para este mesmo convento, ficando confirmado no mesmo emprego e convento na congregação intermédia de 24 de março de 1798 e no capítulo celebrado aos 28 de setembro de 1799. Foi eleito guardião deste mesmo convento na congregação intermédia de 28 de março de 1801. Tornou a ser eleito Comissário de Terceiros do mesmo convento no capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, mas renunciou a guardiania e em seu lugar foi eleito guardião Fr. Domingos de Nazareth, em 26 de maio de 1804. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 tornou a ser eleito guardião do Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião. Saiu eleito Definidor da Mesa no capítulo celebrado a 8 de outubro de 1808. Faleceu sem Sacramentos a 23 de abril de 1813, no Engenho dos Afonsos, no lugar chamado: Saco do Alferes, onde era capelão. Foi sepultado no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1074.