Pregador, europeu. No século se chamava Manuel Fernandes, natural e batizado na freguesia de Santa Maria de Aboadela de Ovelha de Marão, comarca de Guimarães e arcebispado de Braga. Filho legítimo de Manuel Fernandes e de sua mulher Josefa de Sampaio, ambos naturais e batizados na sobredita freguesia de Santa Mana de Aboadela. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José de Jesus Maria Reis (1777-1780). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião o Pregador Fr. José de Santa Úrsula Pacheco, aos 3 de outubro de 1779. Professou no mesmo convento, sendo presidente in capite Fr. Manuel da Piedade, aos 16 de outubro de 1780. Com patente do Ministro Provincial Fr. Fernando de São José Menezes (1784-1787), foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, a 21 de maio de 1785 pelo Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7º bispo da dita cidade. Entrou no estudo de filosofia a 4 de julho de 1785, sendo Mestre o Ex-Leitor de Prima Fr. Bernardino de Sena. No capítulo celebrado a 28 de agosto de 1793 foi eleito pregador e confessor de seculares. Por mandato do Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa (1790-1793) foi continuar a presidência do Convento de Nossa Senhora dos Anjos da cidade de Cabo Frio, exercitando juntamente o ofício de Comissário de Terceiros por falecimento (1791) do Ir. Pregador Fr. Luís da Luz que no mesmo convento ocupava um e outro emprego. Foi eleito presidente do Convento de Santo Antônio de Santos na congregação intermédia de 3 de março de 1792. No capítulo celebrado em 31 de agosto de 1793 foi eleito Comissário de Terceiros deste mesmo Convento de Santos. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795 foi nomeado passante de filosofia para o Convento de São Francisco de São Paulo. Renunciou a passantaria, continuando morador no Convento de Santos. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 saiu eleito presidente do convento da Senhora da Conceição de Itanhaém. Para este mesmo convento foi eleito porteiro na congregação intermédia de 24 de março de 1798. No capítulo setembro de 1799 elegeram-no presidente e comissário de Terceiros para o Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis, RJ). A 4 de dezembro de 1799 foi eleito missionário dos índios. No capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. Por permuta e falecimento de guardiães, veio a ser guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 eleito Comissário de Terceiros do Convento de Santo Antônio de Santos. Tornou a ser nomeado para este mesmo emprego e convento no capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi eleito guardião do mesmo convento, sendo reeleito no capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811, juntamente foi nomeado Comissário de Terceiros. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 elegeram-no Comissário de Terceiros para o convento da Senhora do Amparo de São Sebastião. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi nomeado porteiro do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, tornando a ser eleito para o mesmo ofício e convento no capítulo celebrado a 18 de abril de 1818. Na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819 elegeram-no guardião do Convento de Itanhaém. Sendo obrigado a vir à celebração do capítulo de 20 de outubro de 1821, renunciou a guardiania e o voto. Tendo de assistir à celebração do capítulo indicado para 15 de janeiro de 1825, renunciou o voto e a guardiania do convento da Senhora da Conceição de Itanhaém, para a qual tinha sido eleito na congregação intermédia de 26 de abril de 1823. Na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826 elegeram-no presidente e porteiro para o Convento de São Luís de Itu. Não tendo seguido àquele convento, conservou-se conventual do Convento de Itanhaém, donde foi mudado para o Convento de Santo Antônio de Santos. Neste mesmo convento faleceu aos 13 de novembro de 1826 pelas e meia da noite, munido de todos os sacramentos. Jaz no jazigo daquele convento.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1176.
