Pregador, europeu. No século se chamava Manuel Coutinho de Queirós, natural e batizado na freguesia de Panagoia (Penajóia), bispado de Lamego. Filho legítimo de Pedro Monteiro Coutinho de Queirós, natural da mesma freguesia de Panagoia, e de sua mulher D. Maria de Queirós Teixeira, natural da freguesia de Valdigem, bispado de Lamego. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José de Jesus Maria Reis. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 20 de março de 1779, sendo guardião Fr. José de Santa Úrsula Pacheco. Professou com este prelado e no mesmo convento, aos 12 de setembro de 1780. No Capítulo de 6 de outubro de 1781 foi nomeado colegial para estudo de filosofia, sendo mestre Fr. Antônio de Santa Úrsula Rodovalho. Com patente do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos Passos foi ordenado sacerdote, a 5 de junho de 1781. Deu-lhe todas as Ordens Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castello Branco, bispo do Rio de Janeiro. Boi instituído pregador no Capítulo de 25 de agosto de 1787: mas declarado por tal em 29 de novembro do dito ano. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1789 foi eleito presidente do Convento de Nossa Senhora da Penha e nomeado confessor de seculares. Tornou a saiu eleito presidente do sobredito convento da Penha no Capítulo de 28 de agosto de 1790. Concedendo a Rainha Nossa Senhora (D. Maria I) à Província a graça de se receberem 100 noviços, foi eleito mestre dos ditos noviços pelo Definitório, aos 27 de setembro de 1791. Ficou confirmado neste mesmo emprego na congregação intermédia de 3 de março de 1792 e no Capítulo de 31 de agosto de 1793. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795 foi eleito presidente do Convento do Senhor Bom Jesus da Ilha e reeleito mestre de noviços, emprego que louvavelmente tinha exercido. Por impossibilitado deixou a ocupação de mestre de noviços e foi nomeado enfermeiro-mor do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro no Capítulo de 24 de setembro de 1796. Pela mesma impossibilidade não exerceu este ministério. Estando, contudo, na enfermaria, adoeceu gravemente e, depois de receber os últimos sacramentos, faleceu a 25 de novembro de 1797. Jaz sepultado na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 929.
