Ex-Leitor de Prima, Padre da Província, brasiliense. No século se chamava Luís Antônio de Sá, natural e batizado na freguesia da Sé da cidade de São Paulo. Filho legítimo de Antônio Francisco de Sá e de sua mulher Catarina Maria de Oliveira. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa (1790-1793). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo guardião Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro, aos 15 de julho de 1792. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 16 de julho de 1793. Entrou no estudo de filosofia aberto no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, pelo Ministro Provincial Fr. João de Sant’Ana Flores (1793-1796), no capítulo celebrado aos 31 de agosto de 1793, tendo por mestre o Ex-Leitor de Prima Fr. Francisco da Candelária. Foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro no dia 1º de abril de 1797, com letras do Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus e Maria Brados (1796-1799). Conferiu-lhe as Ordens o Exmo. Sr. D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7º bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 foi eleito passante para o estudo no Convento de São Francisco de São Paulo, juntamente instituído pregador e confessor de seculares. Saiu eleito lente de Vésperas para o estudo de teologia do Convento de São Paulo, no dia 1º de dezembro de 1801. Nos fins de novembro de 1808 foi pelo Exmo. Sr. Núncio Apostólico D. Lourenço Caleppi instituído lente de filosofia, para a ensinar aos Religiosos Carmelitas, no convento deles na cidade de São Paulo, onde, segundo a ordem do dito Exmo. Prelado, foi habitar pelo tempo da leitura. Tendo concluído o curso filosófico, por causa de suas moléstias, foi substituído e chamado ao Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Por Breve de III de novembro de 1812 foi condecorado com os privilégios de Padre da Província pelo Exmo. Sr. Núncio Apostólico, que já o tinha honrado com a nomeação de teólogo da Nunciatura Apostólica. A 24 de fevereiro de 1813 faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, atacado por uma erisipela em todo o corpo, que dentro de 4 dias terminou por gangrena, tendo recebido todos os Sacramentos com grande fervor e devoção. Sua morte foi geralmente sentida assim pelos Religiosos como pelos seculares, a quem sempre edificou com as virtudes próprias de seu estado. Jaz na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1073.
