Pregador. Ex-Provincial, brasiliense. Natural e batizado na freguesia de São João de Caraí, bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Manuel José de Sá, natural e batizado na freguesia de São Jorge, Terra da Feira, bispado do Porto, e de sua mulher Ana Teixeira, natural e batizada na freguesia da Sé da cidade do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1799-1802). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro no dia 1º de fevereiro de 1800, sendo guardião o Ir. Ex-definidor Fr. Inácio da Anunciação. Professou para frade do coro no mesmo convento nas mãos do Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção e sendo guardião o sobredito Fr. Inácio da Anunciação, aos 2 de fevereiro de 1801, sendo de idade de 18 anos incompletos e tomando por nome Fr. José de São Francisco de Sales. Com atente do Ministro Provincial foi ordenado sacerdote em São Paulo a 15 de fevereiro de 1807. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 foi admitido ao estudo no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo Lente de Artes o Ex-Leitor de Teologia Fr. Antônio do Bom Despacho. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 foi instituído confessor de seculares. Foi eleito pregador no capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811. Por uma graça especial de Sua Majestade El Rei Nosso Senhor (Dom João VI) foi condecorado com os privilégios e isenções dos Ex-Provinciais, em atenção às causas que apresentou e à boa informação da sisudez de sua conduta. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi-lhe levada em conta uma guardiania de iure pelo definitório e discretório em atenção dos serviços de procurador que exerceu no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, por 6 anos e 3 meses, com toda a limpeza e fidelidade. Foi-lhe também confirmada uma presidência que lhe tinha sido concedida somente pelo Definitório. Por um Breve de Sua Santidade o Papa, de hábito retento, foi para a companhia de sua mãe. Em 1824 servia de coadjutor na freguesia de São Francisco Xavier do Engenho Velho, do Rio de Janeiro: aos 31 de maio de 1824 batizou a inocente Senhora D. Isabel Maria de Alcântara, filha de Sua Majestade o Imperador que a reconheceu como tal a 20 de maio de 182 (5, e mãe incógnita (Marquesa de Santos), e dada a criar em casa do gentil-homem de sua Imperial Câmara o coronel João de Castro Canto e Mello (pai da Marquesa de Santos). Em 24 de julho de 1826 batizou 7 escravos adultos do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro: no assento o guardião Fr. Joaquim de São Jerônimo de Sá declara: batizou meu irmão o Pe. Ex-Provincial Fr. José de São Francisco de Sales. Atacado de uma febre perniciosa que só lhe deu lugar de receber o sacramento da Santa Unção, faleceu em casa» de sua mãe, aos 26 de janeiro de 1832. Foi dado à sepultura no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, em 27 de janeiro de 1832.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1214.