Pregador, europeu. No século se chamava José Neves, natural da cidade de Lisboa, filho legítimo de João Lopes Neves e de sua mulher Catarina Teresa de Andrade, ambos naturais e moradores de Lisboa. Foi aceito na Religião (Ordem) pelo Ministro Provincial, Plácido de Santa Maria. Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 21 de março de 1723, sendo guardião Fr. José de São Boaventura. Professou com este prelado e no mesmo convento, aos 24 de março de 1724, tomando por nome Fr. José de Jesus Maria. Mais tarde, porém, passou a chamar-se Fr. José de São Caetano. Aos 7 de junho de 1730, já sacerdote, foi instituído pregador pelo Ministro Provincial, Fr. Fernando de Santo Antônio. Na congregação intermédia de 22 de agosto de 1733 foi eleito confessor de seculares e presidente do Convento de São Francisco, de São Paulo. Saiu nomeado presidente do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, na congregação intermédia do dia 1º de setembro de 1736. No capítulo de 31 de maio de 1738 o elegeram Comissário de Terceiros do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. No capítulo de 27 de janeiro de 1742 foi eleito Comissário de Terceiros do Convento de São Luís de Itu, onde assinou em 1752 e 1743: Fr. José de São Caetano Neves. Deste convento ausentou-se sem licença em 1743 e foi a Portugal. Recolheu-se para a Província em 1751. Enlouquecendo totalmente, ficou na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. A 22 de março de 1785 foi sepultado na quadra deste convento, depois de se lhe haver conferido a Extrema Unção na última enfermidade de paralisia, de que faleceu.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 795.
