Ex-Leitor, ex-definidor, brasiliense. Filho de pais incógnitos (porque em 1786 foi dispensado de defectu natalium, ficando assim habilitado para os ofícios maiores). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 23 de julho de 1761. Foi ordenado Presbítero no Rio de Janeiro, em 13 de junho de 1766. Sendo morador no Convento de São Francisco de São Paulo, tomou parte na sessão magna da Academia dos Felizes a 25 de agosto de 1770. No mesmo ano (26 de novembro), por ser religioso aplicado e com engenho foi pedido pelo governador de São Paulo D. Luís Antônio de Souza para reger a cadeira de geometria do curso que o mesmo governador ia abrir para seculares no Convento de São Francisco em São Paulo. Rogou o mesmo governador à Mesa Definitória quisesse conceder ao dito religioso todos os privilégios e predicados de que costumam gozar os outros Mestres da Faculdade de Filosofia e Teologia. Na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786 elegeram-no guardião do Convento de São Francisco de São Paulo. Saiu eleito guardião do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha no capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793, sendo confirmado no mesmo lugar e convento na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795. No capítulo celebrado aos 21 de setembro de 1796 foi eleito em Definidor da Mesa. Por comissão do Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção, fez a visita canônica nos conventos do norte, em 1800. Na congregação intermédia de 28 de março de 1801 elegeram-no guardião do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Faleceu com todos os Sacramentos na enfermaria deste mesmo convento, aos 28 de dezembro de 1802.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 974.
